MÚSICA EM COM-JUNTO: RITUAL AFETIVO.

Autores

  • Fernando Ariani

Palavras-chave:

prática musical coletiva, motivação, transformação, competição, cooperação, troca afetiva, interação social, desenvolvimento musical e humano.

Resumo

A expressão sonora, antes mesmo de ser organizada de modo a poder ser reconhecida como musical, possui um caráter intrínseco de comunicar, trocar informações e significados, expressar sentimentos e, fato que nos interessa particularmente, de promover trocas afetivas entre os indivíduos. Mediante um estudo comparativo entre a prática musical coletiva dos Venda - tribo africana estudada por John Blacking - e as práticas musicais de nossa cultura, este texto procura detectar e colocar em perspectiva quais as motivações que levam um indivíduo qualquer a procurar o desenvolvimento de capacidades musicais em um contexto grupal. Investiga também uma possível relação entre o desenvolvimento de habilidades musicais técnicas e expressivas e a capacidade de interação afetiva e social. Ao procurar estabelecer relações possíveis entre necessidades humanas primárias e a busca de um desenvolvimento musical, o estudo procura também problematizar uma possível supervalorização cultural do talento inato e do virtuosismo, relacionando estes valores a um provável cerceamento da possibilidade de expressão musical da maioria da população. Ao colocar a prática musical apenas como um dos possíveis meios de transformação e desenvolvimento humano, o texto investiga quais seriam os fatores determinantes desta transformação questionando a função do polo opositor competição-cooperação em relação ao progresso musical, sobretudo humano.

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Biografia do Autor

Fernando Ariani

Compositor, Regente e Educador Musical

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Publicado

2010-03-09

Como Citar

Ariani, F. (2010). MÚSICA EM COM-JUNTO: RITUAL AFETIVO. Cadernos Do Colóquio, 10(1). Recuperado de https://seer.unirio.br/coloquio/article/view/430

Edição

Seção

Música e educação