Padronização e Confiabilidade de Medidas Antropométricas em Estudantes Universitários

Autores

  • Leila Leão UNIRIO
  • Roberta Brandão da Cunha
  • Bruno dos Santos de Assis
  • Helena Silva do Nascimento
  • Cláudia Roberta Bocca Santos
  • Luana Azevedo de Aquino
  • Alessandra da Silva Pereira

Palavras-chave:

Antropometria, Confiabilidade, padronização de procedimentos

Resumo

O objetivo foi descrever o erro técnico de mensuração de medidas antropométricas em três estudantes. As medidas foram realizadas em 21 mulheres de 21 a 32 anos. As comparações foram realizadas antes e seis meses após a coleta dos dados das medidas: circunferência da cintura, quadril, pescoço e altura, todas pelo mesmo observador (análise intraobservador) e também entre cada observador e outro mais experiente (análise interobservador). A normalidade variável foi testada pelo teste de Shapiro-Wilk. Foi utilizado Programa R versão 3.2.4, nível de significância de 5%. Antes da primeira coleta, o erro técnico intraobservador para circunferências de cintura (2,16%), quadril (1,63%) e pescoço (1,99%) estava acima do erro permitido para iniciantes por pelo menos um antropometrista. Seis meses após o treinamento, foi reduzido, sendo classificado como recomendado. O erro de altura foi baixo antes e após esse período. O erro interobservador foi muito alto para circunferências de cintura (5,13; 2,99; 6,02%), quadril (2,07%) e pescoço (2,05; 2,98; 2,04%) antes da coleta. Após seis meses, o erro foi reduzido para cintura e quadril, mas não para pescoço. Os antropometristas melhoraram sua técnica para a maioria das medidas. Os procedimentos de treinamento e padronização foram bem-sucedidos, devendo ser realizados com frequência.

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Biografia do Autor

Leila Leão, UNIRIO

Professor Adjunto do Departamento de Nutrição e Saúde Pública da Escola de Nutrição

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Publicado

2019-11-28

Edição

Seção

Artigos originais