O Violão e seus idiomatismos junto à música vocal

Autores

  • Lourival Lourenço Junior UNESP

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar os fundamentos do idiomatismo no violão e considerar a possibilidade da existência de, pelo menos, dois tipos de idiomatismo. Os estudos que serão mencionados aqui, remetem a um idiomatismo instrumental, no qual o violão é considerado em sua dimensão solo. São levados em conta aspectos de sua sonoridade ligados diretamente a seus procedimentos mecânicos e a seu nível de exequibilidade. Estes aspectos são considerados de forma isolada, e vamos nos referir a este idiomatismo por aquilo que é violonístico. Por outro lado, vamos propor a possibilidade de um outro idiomatismo, no qual a identidade do instrumento emerge da organização do pensamento musical em função da coerência e completude da obra. Neste segundo tipo, a relação entre o instrumento e o contexto a que está inserido é determinante. A este segundo tipo de idiomatismo, vamos chamar de violonismo. Por fim, consideramos essa possibilidade no âmbito da música vocal, na qual a inseparabilidade de violão, voz e texto, permite que o violão atue de forma a concatenar a relação entre os três. Dessa forma, as características intraduzíveis do violão florescem e seu idiomatismo é ressignificado pelo texto, além de fornecer suporte musical, imagético e psicológico à toda a música. Apresentaremos também um comentário analítico sobre a música “Resta sim, é remover” de Cesar Guerra-Peixe, na qual poderemos encontrar alguns aspectos que demonstram esse tipo de relação que o violão pode estabelecer. Trata-se de um estudo ainda em andamento, portanto, nos limitaremos a considerar a provável existência do violonismo.

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Biografia do Autor

Lourival Lourenço Junior, UNESP

PPGM

Mestrado

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Publicado

2018-06-03

Edição

Seção

Artigos - Teoria e Prática da Interpretação Musical