[Não apresentado] Cachê sangrento: relações entre músicos e não músicos e as condições precárias de trabalho musical em Aracaju

Autores

  • João Luís dos Santos Meneses UFRJ

Resumo

A atuação em bares e festas particulares em Aracaju tornou-se prática habitual para uma grande quantidade de músicos. No entanto, essa atividade não regulamentada e sem proteção de órgãos que suspostamente protegeriam a classe, como a Ordem dos Músicos do Brasil – OMB - e o Sindicato dos Músicos – SINDMUSE -, apesar de gerida pelos próprios músicos de maneira autônoma, está submetida à condições de trabalho precárias, fornecidas por empresários, donos de bares e demais pagantes. No presente artigo, fruto de uma pesquisa maior em desenvolvimento no mestrado, busco mostrar que essa submissão é resultado de relações conflituosas entre músicos – contratado – e não músicos - contratantes. Analiso alguns desses aspectos a partir das ideias de Becker (2009) e seu conceito de Outsider, no qual determinados grupos sociais considerados desviantes geram sua própria cultura. Como metodologia faço uso da forma etnográfica amparado no conceito de “alteridade mínima” desenvolvido por Peirano (1999), no qual o pesquisador tem como objeto de estudo a sua própria atividade profissional.

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Artigos - Etnomusicologia