STEVE PAXTON
ENTREVISTADO POR
FERNANDO NEDER1
STEVE
PAXTON
INTERVIEWED
BY FERNANDO NEDER
Tradução de Fernando Neder
Resumo
Nessa
entrevista, Steve Paxton fala sobre a fonte de seu interesse pelo movimento e
relata a história do seu ingresso na dança. Conta como sua busca pelos
princípios de base do movimento o levou a treinar Aikido
e à criação da dança Contato Improvisação. Segue uma discussão sobre aspectos
essenciais do Contato Improvisação e uma descrição do fenômeno da terceira
força, também chamado de “unicórnio”. A entrevista termina com considerações
sobre a música e o papel que ela pode, ou não, ter nesse trabalho.
Palavras-chave
| Contato Improvisação |
Steve Paxton | Material
para a Coluna | unicórnio |
música
Abstract
In this conversation, Steve Paxton talks
about how his interest for movement started and tells the story of why he came
to dance. He relates how his search for basic principles of movement brought
him to study Aikido and led him to create Contact Improvisation. The essential
points of this form of movement are discussed and a brief description of the
third force or the “unicorn”, as it is also known, is made. The interview
closes on some considerations on the role of music in the work of
contact-improvisation.
Keywords | Contact
Improvisation | Steve Paxton |
Material for the Spine | Unicorn |
Music
Imagem 1: Steve
Paxton e Fernando Neder, 2006.
Fernando Neder: Como
foi despertado o seu interesse pelo movimento?
Steve Paxton: Eu fui criado
numa época em que o homem estava na guerra e a mãe trabalhando. Então, eu
ficava por minha conta muito tempo. De alguma maneira, o que fazíamos, quando
criança, no campo... Nós não apenas escalávamos as árvores, nós brincávamos nas
árvores como macacos. Ficávamos horas e horas nas árvores. Balançávamos em
longas cordas, dávamos estrela... Essa era a forma como passávamos maior parte
do tempo. Comecei bem cedo, [o movimento] sempre esteve lá.
FN: Muitas crianças têm uma infância assim, mas nem todas se tornam
bailarinos ou investigadores do corpo.
SP: É verdade. Houve uma
história de um professor de geometria que me tocou. Ele contou-nos sobre um
aluno que era inteligente em geometria. Mas nunca se saía bem nas provas,
porque sempre voltava ao princípio e provava cada passo. Ele não aceitava os
teoremas como provados. Por isso, era mais lento que os demais, porque ele
levava mais tempo para provar o básico, e de alguma forma eu traduzi isto para
o corpo, eu tinha que entender o básico. Não apenas aceitando as verdades... Não
apenas aprendendo os truques, mas descobrindo os princípios. Eu acho que essa
era a mensagem, para mim. Eu me perguntei... Quais são os princípios básicos? Foi-nos
dado esse presente maravilhoso, nosso corpo, mas não nos deram instruções, um “manual
do usuário” para ele.
FN: Como foi a passagem para a dança? Como a dança entrou na sua vida,
depois disso?
SP: Eu não via nenhum outro
lugar para estudar os princípios que me interessavam. Pensei que a dança poderia
tê-los. Então, estudei dança e performance. Estudei muitos tipos de dança. E
continuei sem achar os princípios básicos.
FN: Isso era ainda em Tucson, sua cidade natal, ou em Nova Iorque?
SP: Nessa época, em Nova
Iorque. Quando eu “performava”. Buscando pelos
princípios básicos, então, eu encontrei o Aikido. Ele
me pareceu ser mais básico. O que eles faziam naquele tempo era trazer um
mestre japonês, de Tókio, para ensinar em Chicago, Nova Iorque, Los Angeles, Paris
ou outro lugar. E diziam: “ensinem”. Eles nem sabiam o idioma direito. Não
sabiam como desconstruir cuidadosamente a técnica. E eu dei aulas com o meu
mestre. Ensinei para crianças em um determinado momento, com meu professor de Aikido. E ele não era um bom professor para as crianças.
FN: Vocês ensinaram juntos?
SP: Ensinamos juntos, sim. Eu
tinha a língua e ele tinha carisma. Juntos, nós conseguimos controlar as
crianças um pouco. Mas eram muitas crianças. Tentamos ensinar alguma técnica,
na qual as crianças necessitavam um pouco mais de concentração, que só vem mais
tarde para que a técnica comece a trabalhar por si. O que aconteceu, em seguida,
foi que pensei que eu estava me retirando da dança. Mudei-me para Vermont. Pensei
que [a dança] havia terminado [para mim]. Pensei “agora estou realmente fora”...
FN: Há quanto tempo foi isso? Já existia Contato Improvisação?
SP: Não, foi justo o momento antes. O passo nessa direção. Eu estava numa
fazenda, não tinha telefone. Realmente isolado. Então, recebi uma mensagem para
ir ensinar em Bennington College. Fui a Bennington College, que
é uma das escolas mais caras dos Estados Unidos. Muito cara. Portanto, os
estudantes de lá eram muito privilegiados, ricos. E decidiram que eles
necessitavam de uma arte marcial. Que eram privilegiados demais, realmente
necessitavam aprender a se proteger e aprender esses princípios. Comecei a
ensiná-los, mas era impossível. Eles simplesmente não entendiam. Era loucura tentar ensiná-los
do jeito que me haviam ensinado. Por exemplo, a situação do rolamento do Aikido. Eu não conseguia fazê-los entender do que eu estava
falando. Eles não tinham os conceitos. Então, eu comecei a desenvolver o Contato
Improvisação (CI). Primeiro, eu tinha que tirar deles a mentalidade da dança
ocidental. Indo para algo um pouco mais genérico, para depois voltar através da
técnica. Essa foi a transição. E ao mesmo tempo, o trabalho sobre o Contato Improvisação
começou a mudar meu corpo e minha dança. Por que é um grande sistema de feedback, não é?
FN: Você vê o CI como uma forma de dança, do ponto de vista da
História da Arte Ocidental?
SP: Eu não sei. Talvez...
Mas se parece também bastante com um esporte, exceto que não há competição. É
muito democrática, portanto imagino que seja também uma forma de política. É um
pouco como uma Arte Marcial, exceto que não é uma luta. Tem muito de Aikido. Somente porque eles solucionaram o problema da
queda. Aikido tem belos rolamentos.
FN: Eles solucionaram muito bem.
SP: Sim, e nós precisávamos
daquela informação no CI. Uma vez que você tem isso, uma que vez as pessoas
entendem como rolar e cair, abre-se um espaço muito grande para alto nível
energético, interações altamente dramáticas.
FN: É uma questão de técnica também.
SP: Sim, é técnico.
FN: Vejamos outros aspectos. Tocar é um processo muito importante no desenvolvimento dos mamíferos, incluindo
seres humanos. Apesar disso, a cultura humana, em geral, bloqueia esse processo
com tabus sexuais, apesar de oferecer fortes apelos sexuais visuais. O CI
trouxe uma nova luz a esse assunto mostrando um rico espectro de possibilidades
do toque, livre de intenções sexuais. Você acha que à medida que o CI se
espalha pelo mundo, o mal entendido persiste? Qual seria a fronteira entre
pesquisa de movimento ou uma nova forma de dança e intimidade, sensualidade ou
estimulação sexual?
SP: Eu acho que é o mesmo
problema que acontece em conversas, olhares, em qualquer forma de interação
humana. Por isso, os tabus estão aí. Eu não sei como é no Brasil, não estive
aqui por muito tempo. Mas ouvi histórias sobre sexualidade no Brasil.
FN: Por exemplo?
SP: Que a sexualidade é
muito mais relaxada aqui do que na América do Norte. Mas, eu acho que essa
questão deve ser respondida por cada indivíduo. E talvez em cada dança. Talvez para
99% das pessoas com quem você dance seja apenas pesquisa de movimento, e então com
a pessoa seguinte de repente há intimidade e sexualidade. Pode acontecer... Porque
com o CI seria diferente? Na América do Norte é ainda uma grande questão. Por
alguma razão eles pensam que a resposta virá de fora, sabe? Isso é CI, isto é
sexualidade. Mas está dentro de cada pessoa. É esse desejo de polarizar, de
colocar as coisas bem claras, preto no branco. Especialmente quando se trata do
corpo, me parece que as coisas têm mais de um uso. Cada estrutura pode ser
usada de diferentes maneiras.
FN: Que aspectos você considera essenciais numa aula, jam, performance,
ou simples prática para configurá-la como o CI, como você o imaginou?
SP: Bem, eu vou tentar descrever qual seria minha dança ideal. É aquela
em que os parceiros se aproximam para se tocarem e passam os primeiros 20
minutos praticamente sem mover-se. Apenas tocando-se levemente. Durante 20, 25
minutos...
FN: Digamos meia-hora, para arredondar. [Risos]
SP: Então começam a
mover-se muito, muito devagar. E seguem o mais intimamente possível através
desse ponto de contato. A essa altura já podem estar tocando-se em qualquer
parte. Mas extremamente lento.
FN: Como o Butô?
SP: Mais lento. [Gargalhadas]
FN: Como a Lua ao redor da Terra...
SP: Quando acham as “micro-danças” um do outro e quando começam a
ficar treinados nessa velocidade que é mínima, como centelhas de movimento ao
redor do corpo, então podem começar a dançar com esse tamanho de movimento, que
é mínimo. Começam a reconhecer-se mutuamente e suas tentativas em fazê-lo. Então,
o movimento vai ficando maior e talvez um pouco mais rápido. Mas devem sempre
manter as informações que foram encontradas nos primeiros 20 minutos. A
identificação das menores unidades de movimento dessa pessoa. A velocidade e a
claridade que encontraram naquele momento.
FN: Isso cria essa terceira força que você mencionou em sua aula, o “unicórnio”?
Porque unicórnio?
SP: Não fui eu quem criou
essa metáfora. Ela foi criada por meu professor, Robert Dunn2.
E parece ser uma expressão para descrever que “uni” - significa um, mas eu não
sei o que a parte do “corno” quer dizer.
FN: Talvez o 3º olho.
SP: Talvez o 3º olho,
talvez o chifre, ao invés de dois tem apenas um, eu não sei.
FN: Mas a ideia, qual é? Quando aparece uma outra força...
SP: É “algo” entre as
pessoas que não está sendo controlado por nenhum dos dois. A menos que na
fluidez das coisas alguém decida assumir o controle da forma e fazer algo com
isso. Mas primeiro há a identificação. Então, se decidem controlar, é como se
eu decidisse interromper a sua conversação. Você está falando algo e eu digo: -
“não, não, não, isso não está certo, blá, blá, blá...” Este tipo de coisa.
Mas, basicamente, como ambos podem seguir um ao outro? É um pouco paradoxal.
Normalmente, nós pensamos: “líder-seguidor” ou “guiar-seguir”. E se tivéssemos
apenas “seguidor-seguidor”? Que política haveria nisto? O estado do seguidor e
do líder, ambos estão conscientes, mas quando se começa a incluir reflexos e
outros tipos de manifestações inconscientes, algo mais está guiando. A
consciência pode apenas observar o que acontece. Você não tem que ser
voluntarioso, por exemplo.
FN: A mente como observadora.
SP: Sim.
FN: Como você vê o papel da música no CI?
SP: É muito claro para mim
o que a música faz. Ela organiza os movimentos. E por que ela organiza os
movimentos é usada em festas. De tal maneira que as pessoas possam dançar
juntas, ao mesmo tempo, porque eles ouvem o mesmo beat. Elas terão uma experiência juntas. O som organiza rapidamente
o cérebro e o corpo começa a mover-se na música e logo é a música quem “controla
o show”. É isso que um pesquisador do movimento precisa? Que a música “controle
o show”?
FN: Mas se pudermos imaginar a música feita de uma outra maneira, ao
vivo, ao mesmo tempo em que a dança.
SP: Ainda assim ela se
apoderará do corpo.
FN: E se o músico estiver no estado de consciência, com a música, com
o som, bem compenetrado no duo que dança? De modo que ele possa mudar de beat no instante em que os dançarinos
mudem o beat da dança, se
influenciando mutuamente?
SP: Mas eles não vão mudar
o beat da dança, a menos que eles
sejam muito fortes. A menos que eles estejam conscientes do problema. Se os
dançarinos não são conscientes do problema de que a música organiza seus
movimentos, o beat vai se apoderar...
FN: E não há apenas o beat. Há toda uma gama de qualidades, fluidez...
SP: E muitos beats numa mesma frase, talvez pulsos
mais lentos, mais rápidos... mas em algum nível, os que estiverem ouvindo ou
focando a atenção [na música... ela] organizará o movimento. Eu já tentei dessa
forma. Eu sei que a música ajuda a levar uma aula, ajuda o tempo a passar.
Adiciona toda uma gama de colorações à experiência. Mas qual é o princípio
básico? Qual é meu ponto de partida, o que é básico para o corpo e o movimento?
[Steve olha ao redor, do Terraço do Estúdio Nova Dança, centro da cidade de São
Paulo, em pleno ruído urbano] Ouça: o que estamos ouvindo ao nosso redor é um
espaço sonoro caótico. Não é musical, nem um espaço sonoro artístico ou
organizado de nenhuma maneira. Como o corpo lida com isso? Eu estou interessado
nesse tipo de pergunta. Para o “movedor”... eu imagino que de alguma forma
“toque” e “momentum”3 no
CI também organizam os corpos. São diferentes princípios de organização. Ainda
acho que é preciso explorar sem música. Não sempre. Eu gosto bastante de música
e adoro dançar Contato (CI) com música. Parece-me que aprendemos por
contrastes. É por isso que as pessoas gostam das coisas preto no branco.
Pegamos muita informação por contraste. Mas contrastes podem acontecer de
outras maneiras. Não tem que ser sempre preto e branco. Não tem por que ser
sempre duas coisas apenas. A composição através da qual aprendemos pode ser
mais complexa. Mas, quando se torna complexa demais, ficamos confusos. No
“rolamento da hélice”4
que fizemos hoje na aula, por exemplo. Eu o descrevi como duas espirais
movendo-se em direções diferentes, ao mesmo tempo. São quatro coisas para
pensar. Eu acho que isso já é uma sobrecarga.
FN: Já é o bastante.
SP: Não, é demais. Eu acho
que mais de três coisas nas nossas ações, na nossa consciência, no nosso estado
ativo, é muito para lidar, demanda muita prática. Um pianista, por exemplo,
para ter todos os dedos movendo-se de forma independente, é um trabalho
incrível. Eu cheguei ao Brasil com esse estudo que estou fazendo sobre o “Material
para a Coluna”5.
Eu tenho um tempo muito curto para ensiná-lo. Eu já fiz CI no passado.
Sei que esse material vem do CI. E espero que volte ao CI em algum ponto. Mas,
não dá para saber num espaço de tempo curto. E não tenho interesse nenhum em
confundir os assuntos nessa aula. Quero que as pessoas encontrem novos
materiais para a coluna e a pélvis. Mas, não sei, eu sou um cara simples, buscando
formas simples. E gosto de uma coisa de cada vez no meu prato.
FN: Você tem alguma dica ou conselho para movedores buscando novos
horizontes em arte ou na própria vida?
SP: Praticar, praticar,
praticar. É a mesma dica que todos já deram. Para trazer algo do caos eu acho que
você deve ser capaz de identificar e repetir. Até que fique claro. Portanto,
quando você encontrar algo que não puder repetir, então aprenda a repetir isso.
É muito difícil falar sobre isso, pois significa falar sobre o desconhecido e o
futuro. Mas eu não acho que as coisas serão tão diferentes no futuro do que são
agora. Ao menos por enquanto, ficarão como estão.
FN: Muito grato pela entrevista.
SP: Grato por perguntar.
Link para visualização desta entrevista no
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=1gE-MSZMsWw
Notas
1 Entrevista
realizada por Fernando Neder em 18/01/2006, no Estúdio Nova Dança, em São Paulo,
durante o Curso "Material para a Coluna”, ministrado por Steve Paxton.
2 O pedagogo norte
americano Robert Ellis Dunn (1928-1996), formado em
composição e teoria musical, foi um professor referencial na trajetória de
Steve Paxton. Além de formação musical, Robert Dunn
estudou dança moderna e aperfeiçoou-se com o músico John Cage. Teve contato
ainda com tai-chi-chuan, ioga e análise do movimento
(Bartenieff). Seus workshops de composição, abertos aos dançarinos e artistas
visuais, influenciaram a geração de novos coreógrafos que formariam o coletivo
Judson Dance Theater, dentre eles Steve Paxton. Nesses workshops, foram
trabalhados, entre outros, noções de emancipação da dança em relação à música;
e técnicas de composição baseadas no aleatório, na indeterminação e na improvisação.
[LE MOAL, Philippe (dir.). Dictionnaire
de la Danse. Paris: Larousse,
2008. p.143. [N.E.].
3 Momentum é um conceito da Física
Newtoniana. É o produto da massa de um corpo multiplicado por sua velocidade.
4 Rolamento criado
por Steve Paxton em seu estudo denominado “Material para a Coluna”, baseado na
espiral que se forma naturalmente na coluna vertebral quando caminhamos, fruto
da oposição braços/pernas.
5
“STEVE PAXTON, Material for the spine a
movement study - une étude du movement”. DVD-ROM. (Français/Anglais). 240m. Nouvelles de Danse. Bruxelles: Contredanse, 2009. [N.E.].
STEVE PAXTON é
bailarino, professor e coreógrafo. Recebeu formação em ginástica, dança moderna
e balé clássico. Praticou ainda Yoga, Aikido e Tai
Chi Chuan. Dançou durante três anos na Companhia de Merce Cunningham (1961-1964). Como membro fundador da
Judson Dance Theater, dançou trabalhos de Yvonne Rainer e Trisha Brown. Foi de
igual modo membro fundador do coletivo de improvisação Grand Union e em 1972
iniciou o “Contato Improvisação”, uma nova forma de dança que utiliza as leis
físicas de fricção, momentum, gravidade e inércia para explorar a relação entre
dois bailarinos. Em 1986 ele começou a desenvolver o trabalho “Material para a
Coluna” (MFS na sigla em inglês). MFS advém da observação do Contato
Improvisação, em que a coluna se torna um importante “membro”. MFS é um estudo
técnico e meditativo da iniciação dos movimentos pela pélvis e pela coluna.
STEVE PAXTON is a dancer, teacher and
choreographer. His early background was in gymnastics as well as in both modern
and classical dance. He then explored Yoga, Aikido and Tai Chi Chuan. He
performed three years in the Merce Cunningham Dance
Company (1961-1964). As a founding member of the Judson Dance Theater, he
performed works by Yvonne Rainer and Trisha Brown. He was a founding member of
the Grand Union improvisation collective and in 1972 started developing the
“Contact Improvisation”, a new dance form that utilizes the physical laws of
friction, momentum, gravity, and inertia to explore the relationship between
dancers. In 1986 he began working on “Material for the Spine” (MFS). MFS is
derived from observation of Contact Improvisation, in which the spine becomes
an essential limb. MFS is a meditative, technical study of spinal and pelvic
movement initiations.
FERNANDO
NEDER é licenciado em Artes Cênicas/UNIRIO
e pós-graduado em “Terapia através do Movimento”, na Faculdade Angel
Vianna/RJ. Diretor do Espaço Corpo Seguro (RJ), co-Fundador da Intrépida Trupe.
Foi professor de dança no curso de
Interpretação da UFPE (1987/88) e na Escola Nacional de Circo/RJ (1997 e 2001).
Pesquisador de Música Orgânica desde a década de 80 e “Facilitador” desde
1991.
Integra o corpo docente do projeto "UNILUZ- Universidade da Luz" em
Nazaré Paulista e atua desde 1998, como professor de Expressão Corporal no CEAT
(Centro Educacional Anísio Teixeira). Na Europa, lecionou na School for New Dance Development
de Amsterdã (1995), no Instituto
Andaluz del Deporte de Málaga (1996) e foi
docente titular de Acrobacia no Centro
Andaluz de Teatro de Sevilha (1995 a 1997). Organizador do Festival
“Contact in Rio”, festival internacional de Contato Improvisação.
FERNANDO NEDER has a bachelor´s degree in Performing Arts from UNIRIO
and has taken a post-graduation course in Movement Therapy at the Faculdade
Angel Vianna in Rio de Janeiro. He is the director of the Espaço
Corpo Seguro dance studio,
and co-founder of the Intrépida group. He has worked
as a dance teacher in the interpretation course of the Universidade Federal de Pernambuco in 1987-88 and at the National Circus School of
Rio de Janeiro, in 1997 and 2001. He also does research in organic music since
the 1980´s. He works as “facilitator” of this practice since 1991. As a
teacher, he is part of the staff of the UNILUZ – Universidade da Luz-project in
Nazaré Paulista and since
1998 he teaches physical expression at the Centro Educacional
Anísio Teixeira. He has worked in Europe, where he
tought at the School for new dance development in Amsterdam (1995), at the Instituto Andaluz del Deporte de Málaga (1996), and he
was senior teacher of acrobatics at the Centro Andaluz
del Teatro de Sevilla in 1995 and 1997. Fernando
Neder is the organizer of the “Contact in Rio” festival for Contact Improvisation
dance.