Trauma, violência de Estado, colonialidade: elementos para uma clínica-política orientada pela psicanálise no contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.9789/pb.v22i1.151-176Palavras-chave:
psicanálise, política, trauma, violência de estado, colonialidadeResumo
O artigo apresenta uma discussão teórica e de implicações clínicas sobre trauma por violência de Estado a partir da psicanálise, entendendo-se que aí estamos diante de um real traumático inseparável de sua dimensão política no contemporâneo. A discussão que se apresenta é parte do trabalho clínico-político realizado no Núcleo de Psicanálise e Política da Universidade Federal Fluminense com pessoas atingidas por violações de direitos elementares causadas por agentes de Estado. Relata-se certas dificuldades na condução do tratamento que levaram a invenções significativas no dispositivo, ao mesmo tempo em que seguem subvertendo nossa própria posição na psicanálise. Destacando então a dimensão política do real traumático paradigmático de uma nova discursividade em nosso tempo, encontramos a atualização do discurso colonial atuando como verdade do discurso capitalista neoliberal. Frente ao gozo racista de Estado assim desmascarado, como construir e sustentar uma clínica decolonial e portanto antirracista? Desde os graves sofrimentos psíquicos que nos chegam após uma violência extrema armada, que não ocorre sem efeitos sobre o coletivo, o texto explora possíveis condições de abertura de um espaço clínico-político.
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