Trauma, violência de Estado, colonialidade: elementos para uma clínica-política orientada pela psicanálise no contemporâneo

Autores

  • Renata Theophilo da Costa Moura UFF
  • Amanda Abigail Garcia de Mendonça UERJ
  • Dolores Carolina Menezes da Motta FIOCRUZ
  • Fabrício Martins Pinto UFF
  • Paula Pereira UFF

DOI:

https://doi.org/10.9789/pb.v22i1.151-176

Palavras-chave:

psicanálise, política, trauma, violência de estado, colonialidade

Resumo

O artigo apresenta uma discussão teórica e de implicações clínicas sobre trauma por violência de Estado a partir da psicanálise, entendendo-se que aí estamos diante de um real traumático inseparável de sua dimensão política no contemporâneo. A discussão que se apresenta é parte do trabalho clínico-político realizado no Núcleo de Psicanálise e Política da Universidade Federal Fluminense com pessoas atingidas por violações de direitos elementares causadas por agentes de Estado. Relata-se certas dificuldades na condução do tratamento que levaram a invenções significativas no dispositivo, ao mesmo tempo em que seguem subvertendo nossa própria posição na psicanálise. Destacando então a dimensão política do real traumático paradigmático de uma nova discursividade em nosso tempo, encontramos a atualização do discurso colonial atuando como verdade do discurso capitalista neoliberal. Frente ao gozo racista de Estado assim desmascarado, como construir e sustentar uma clínica decolonial e portanto antirracista? Desde os graves sofrimentos psíquicos que nos chegam após uma violência extrema armada, que não ocorre sem efeitos sobre o coletivo, o texto explora possíveis condições de abertura de um espaço clínico-político.

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Biografia do Autor

Renata Theophilo da Costa Moura, UFF

Professora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal Fluminense – UFF.
Pesquisadora do Laboratório Psicanálise e Laço-Social – LAPSO/ CNPq.
Coordenadora do Núcleo de Psicanálise e Política da UFF / NUPP-UFF.
Doutora em Psicanálise e Psicopatologia pela Université Denis-Diderot (2000).

 

Amanda Abigail Garcia de Mendonça, UERJ

Graduação em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense – UFF.
Mestranda em Psicanálise e Políticas Públicas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.
Formação psicanalítica Corpo Freudiano Escola de Psicanálise.
Pesquisadora extensionista do Núcleo de Psicanálise e Política (NUPP-UFF).

Dolores Carolina Menezes da Motta, FIOCRUZ

Graduação em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense – UFF.
Mestranda em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-RIO.
Atuação profissional na Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ.
Pesquisadora extensionista do Núcleo de Psicanálise e Política (NUPP-UFF).

Fabrício Martins Pinto, UFF

Doutorando em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense (PPGP/UFF).
Pesquisador extensionista do Núcleo de Psicanálise e Política (NUPP-UFF).

Paula Pereira, UFF

Graduação em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense – UFF.
Especializanda em Políticas Públicas pela FIOCRUZ, e em Psicanálise com crianças e adolescentes pelo Instituto ESPE.
Pesquisadora extensionista do Núcleo de Psicanálise e Política (NUPP-UFF).

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Publicado

2025-03-26

Como Citar

THEOPHILO DA COSTA MOURA, R.; Garcia de Mendonça A. A. .; MENEZES DA MOTTA, D. C. .; MARTINS PINTO, F. .; PEREIRA, P. . Trauma, violência de Estado, colonialidade: elementos para uma clínica-política orientada pela psicanálise no contemporâneo. Psicanálise & Barroco em Revista, [S. l.], v. 22, n. 1, p. 151–176, 2025. DOI: 10.9789/pb.v22i1.151-176. Disponível em: https://seer.unirio.br/psicanalise-barroco/article/view/13606. Acesso em: 6 dez. 2025.