LE FLAMENCO, LES NOCES DE SANG ENTRE R´EEL ET CULTURE
DOI:
https://doi.org/10.9789/1679-9887.2021.v19i1.17-36Resumo
O flamenco faz a voz dançar na corda bamba da solidão, dança equilibrista nas asas do desejo e da morte. Pois a voz anima o corpo, até o transe, até o risco do encontro abissal com o “silêncio mutilado”, como o nomeia Garcia Lorca: voz reduzida a interrogar a perda que nela se inscreve. É na encruzilhada da etnomusicologia e da antropologia psicanalítica que são aqui convocadas as vozes do Flamenco, pelo que elas incarnam, de modo dilacerante, as bodas de sangue entre Real e Cultura, entre real do corpo, leis culturais e suas transgressões. As lalias e o duende, vindos das entranhas do corpo, falam desse gozo perdido de uma origem de língua, entre palavra e silêncio; é o que anima a palavra do analisante balbuciante que se arrisca na arena de significantes.
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