https://seer.unirio.br/revistadebates/issue/feedDEBATES - Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Música2024-12-08T23:43:44-03:00Maya Suemi Lemosrevista.debates@unirio.brOpen Journal Systems<p><strong>Debates - Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Música da UNIRIO</strong> é uma publicação semestral do PPGM/UNIRIO, e tem por finalidade prover um espaço para a discussão de temas relevantes na área da música em todas as suas vertentes, assim como para a difusão da produção derivada da pesquisa acadêmica na área. A revista aceita colaborações para os dossiês temáticos periodicamente divulgados pela comissão editorial, assim como artigos de temática livre submetidos em fluxo contínuo. São aceitas contribuições em português, espanhol e inglês.</p> <p>A revista tem utiliza a licença <em>Creative Commons - Atribuição-CompartilhaIgual.</em></p> <p><strong>e-ISSN:</strong> 2359-1056 | <strong>Ano de criação:</strong> 1997 | <strong>Área do conhecimento:</strong> Música | <strong>Qualis:</strong> B1 (Artes)</p>https://seer.unirio.br/revistadebates/article/view/13351CANHOTO DA PARAÍBA2024-06-15T22:31:24-03:00Júlio Córdoba Pires Ferreirajcordobapf@gmail.com<p>Francisco Soares de Araújo foi um violonista e compositor relacionado ao gênero choro. Como tocava violão como canhoto, mas sem inverter as cordas do instrumento, ficou conhecido pelo nome artístico de Canhoto da Paraíba. Nascido em 1926 em Princesa Isabel, cidade localizada no sertão do estado da Paraíba, em 1953 se mudou para a capital, João Pessoa, e depois, em 1958, para Pernambuco, onde permaneceu até o fim de sua vida. Antes restrito à atuação regional, se tornou conhecido nacionalmente a partir da segunda metade dos anos 1970 no contexto do chamado “ressurgimento” do choro, através de suas parcerias com o produtor de seu primeiro disco distribuído em âmbito nacional, Paulinho da Viola, com quem viajou pelo país pelo <em>Projeto Pixinguinha</em>. Atuou até 1998, quando interrompeu suas atividades como músico por motivos de saúde. Veio a falecer em 2008. Esse artigo pretende discorrer sobre como a trajetória artística de Canhoto da Paraíba se insere na história do choro e da música popular brasileira.</p>2024-12-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 DEBATES - Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Músicahttps://seer.unirio.br/revistadebates/article/view/12848VIOLINO POPULAR BRASILEIRO2023-08-18T10:12:31-03:00Guilherme Pimentaguiviolino@yahoo.com.br<p>“Violino Popular” ou “Violino Popular Brasileiro” são os termos usados por alguns violinistas e músicos em geral para se referir à inserção do violino no contexto da música popular brasileira. Embora esse ainda pareça um fenômeno novo ou inesperado, nota-se que durante o surgimento do rádio, o violino foi amplamente utilizado no contexto não-erudito. Por razões que ainda carecem de maior pesquisa, na segunda metade do século XX, o violinista popular deixou de frequentar este ambiente musical, para só voltar aos holofotes no início do século seguinte. O presente artigo pretende ilustrar a trajetória desse instrumento em nossa cultura popular usando o levantamento das principais gravações como base argumentativa.</p>2024-12-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 DEBATES - Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Músicahttps://seer.unirio.br/revistadebates/article/view/13172BANDAS FILARMÔNICAS, HABITUS E APRENDIZAGEM MUSICAL2024-07-23T16:46:13-03:00Jorge Ventura de Moraisventurademorais@gmail.comJosé Guilherme Palhaguilhermepalhape@hotmail.com<p>Investigamos neste artigo o caso de uma banda filarmônica – a 22 de Novembro, de Paudalho-PE –, que tem atuado por cerca de 150 anos também como espaço de ensino da música para gerações de músicos. Partindo do pressuposto de que o objetivo inicial da aprendizagem é que os aprendizes de música possam atuar na própria banda de música, a instituição oferece aulas de teoria musical e prática instrumental para indivíduos residentes na comunidade local e regiões vizinhas, podendo eles, futuramente, desenvolver seus estudos musicais em escolas profissionalizantes e cursos superiores de música (locais onde a prática do repertório erudito se diferencia bastante dos dobrados, frevos e músicas populares vivenciadas na Banda 22 de Novembro). O trabalho apoia-se nas contribuições teóricas de Pierre Bourdieu e de Bernard Lahire sobre o habitus como ação disposicionalista, bem como em seus desenvolvimentos em termos do <br />construto teórico de um habitus conservatorial, e, empiricamente, em extensiva pesquisa de campo com entrevistas e documental. </p>2024-12-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 DEBATES - Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Músicahttps://seer.unirio.br/revistadebates/article/view/13084VOZ ENTRECORTADA2024-02-19T10:55:22-03:00Pedro Yugo Sano Maniyugo.sanomani@gmail.comLetícia Maia Duranteleticiamaiaflauta@gmail.com<p>Este artigo relata a experiência da criação de <em>Voz entrecortada</em>, para flauta, voz e corpo, um processo colaborativo entre dois artistas-investigadores. Numa postura ligada à pesquisa artística, buscamos elaborar uma metodologia que repensa a dimensão corpórea na atividade musical, abarcando tanto composição quanto performance e, paralelamente, questionando a relação tradicionalmente hierárquica entre compositor/a-intérprete. A partitura foi gerada a partir de materiais extraídos de improvisos sonoros e corporais da flautista, tomando forma enquanto escrita posteriormente. A partir do texto musical foi desenvolvida uma narrativa que aborda movimentos corporais e sonoridades vocais não habituais, assim explorando outras formas de usar o corpo como expressão na performance. <em>Voz Entrecortada</em> traz reflexões acerca de imagens poéticas relacionando voz e instrumento, diferentes formas de encarar o tempo no decurso criativo, assim como atravessamentos e aprendizagens mútuas valorizando o corpo, suas potencialidades e subjetividades como elemento essencial na criação musical. Desta forma, observamos que improvisação, escrita e performance intermodulam-se ao longo do processo e não representam etapas rígidas, mas fases maleáveis em interação.</p>2024-12-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 DEBATES - Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Músicahttps://seer.unirio.br/revistadebates/article/view/12888POLTERGEIST2023-08-14T20:08:52-03:00Austeclínio Lopes de Fariaskinolopes1@gmail.com<p>O presente texto empreende uma investigação da obra “Poltergeist” de Austeclínio Lopes de Farias, destinada à execução em flauta solo, propondo uma análise da intersecção entre concepções conceituais e suas interações com a materialidade inerente ao processo composicional. De igual importância é o destaque atribuído aos ensaios colaborativos com a intérprete Vanessa Maria André, cuja contribuição se mostra medular na tessitura da peça. Nesse contexto, a noção de “imagem” assume um papel intermédio, englobando os polos, ideias e materiais que permeiam o tecido composicional. São alçadas à superfície as concepções de “involução” de Dufourt, bem como as estratégias de repetição e variação inerentes ao corpus artístico do pintor Alfredo Volpi, reverenciado como referência artística por um ponto de vista tanto sonoro quanto visual. A abordagem aspira à emancipação do espaço gráfico na escrita musical, assentando-se em uma paralela centralização da materialidade sonora, que se sobrepõe com primazia às categorias conceituais de ordem principalmente abstrata. Em um paralelismo, tais mudanças de paradigma são equiparadas ao modernismo pictórico, sob o prisma das concepções de Greenberg, que primou pela ênfase na planaridade e nos materiais pictóricos, concebidos como elementos imanentes da criação artística. A reflexão culmina com a exploração do conceito de anamorfose, engendrando uma ilustração da mutabilidade da percepção como mediada pela rememoração, em especial no contexto de um objeto retratado, cujo trama se enreda em uma multiplicidade de combinações e permutações de parâmetros musicais, conferindo a “Poltergeist” uma variabilidade contínua do motivo musical. A influência assertiva das estratégias de Volpi na cristalização da obra é enfatizada, congruente com a reflexão exauriente acerca da “pré-audibilidade” assinalada por Grisey, numa intersecção com a emancipação do espaço gráfico, aspectos os quais se imiscuem ao longo de toda a investigação empreendida.</p>2024-12-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 DEBATES - Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Músicahttps://seer.unirio.br/revistadebates/article/view/13323DIALOGISMO E ATO RESPONSIVO NA INTERPRETAÇÃO MUSICAL2024-06-15T22:45:14-03:00Caio Cezar Braga Bressancaio.cbbressan@gmail.comWilliam Teixeirawilliam.teixeira@ufms.com.br<p>Essa pesquisa aborda as questões dialógicas em um contexto analítico na obra para violão denominada “Estudio Sin Luz”, do violonista e compositor espanhol Andrés Segóvia. A hipótese para a via interpretativa adotada baseia-se na imagem proposta pelo título da peça, isto é, a ausência de luz. Discutiremos, assim, como as tomadas de decisões expressivas pode ser modificadas por meio dessa interpretação, entendida como posição responsiva do músico. Nota-se que o nome da obra se deu a partir de uma cirurgia que o compositor fez nos olhos, sofrendo uma cegueira temporária. As implicações da falta de luz podem, então, ser analisadas também a partir do idiomatismo instrumental, fundamentado pelo posicionamento de mãos e escolhendo menor utilização de saltos no braço do instrumento. A partir dessa perspectiva, questionamos os meios técnicos a serem adotados para efetivar a imagem na dimensão timbrística da interpretação, discutindo aspectos motores que viabilizam tais decisões, considerando regiões tonais e possíveis “cores” que a execução pode externar. Como aparato teórico e metodológico utilizaremos os livros <em>Para uma Filosofia do Ato Responsável</em> de Mikhail Bakhtin, partindo do pressuposto do ato responsivo do intérprete imanente à obra, e <em>Problemas da Poética de Dostoiévski</em> e <em>Estética da Criação Verbal</em>, do mesmo autor, de onde adotamos o conceito de dialogismo. </p>2024-12-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 DEBATES - Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Músicahttps://seer.unirio.br/revistadebates/article/view/12847LENDO “IDENTIDADE E DIFERENÇA” DE HEIDEGGER PELOS CAMINHOS DA MÚSICA2023-08-23T21:39:22-03:00Rubia Mara de Almeida Siqueirarubiamail@gmail.com<p>Esse artigo parte do sentido de identidade e diferença como tratado por Heidegger na parte central de sua conferência no ano 1957 para entender a dinâmica da música independentemente de um vínculo com sua conceituação ou valoração. Ainda neste âmbito, o artigo articula a unidade de ser e pensar para apontar alguns modos de presentificação da música e como ela também é co-pertencimento em ato poético - <em>poiesis</em>.</p>2024-12-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 DEBATES - Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Músicahttps://seer.unirio.br/revistadebates/article/view/13110PASSADO E PRESENTE DA MÚSICA CARIOCA2024-07-31T00:18:30-03:00Lucas Cassanolucasjcassano@gmail.comElisa de Oliveira Morais Nacur Cassanoelisanacur.adv@gmail.comRobert Moses Pechmanbetuspechman@hotmail.com<p>Este artigo examina a interseção entre música e transformações urbanas no Rio de Janeiro, reconhecido como o epicentro cultural do Brasil. O estudo tem como objetivo compreender como a produção musical, influenciada por interesses de classe, reflete e antecipa as mudanças urbanísticas na cidade. Para tanto, considera a evolução dos gêneros musicais cariocas como termostato das dinâmicas sociais e espaciais. A pesquisa adota uma abordagem metodológica histórico-cultural, investigando de que maneira as expressões musicais se relacionam com os processos de modernização urbana tecnológica e suas implicações para a classe trabalhadora. É realizada uma discussão em torno do conceito de popular e erudito desde o século XIX na música brasileira, sua relação com o urbanismo carioca, e como essas mesmas questões e contradições reaparecem contemporaneamente no contexto das tecnologias digitais na cidade. Além disso, o artigo explora as perspectivas contemporâneas da música no contexto das transformações sociais e culturais em curso.</p>2024-12-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 DEBATES - Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Músicahttps://seer.unirio.br/revistadebates/article/view/13170REPERTÓRIO PORTUGUÊS PARA PIANO SOLO COM TÉCNICAS ESTENDIDAS2024-03-12T14:49:06-03:00GISELE DE OLIVEIRA MOTAgiselepires@unb.br<p>No século XX, o piano foi um dos principais instrumentos para experimentos de novas técnicas e sonoridades. Mesmo constatando que técnicas expandidas são utilizadas na música portuguesa para piano há mais de 60 anos, a falta de repertório do século XXI em recitais, concertos e currículos de/para piano revela um desafio técnico e estético para docentes, intérpretes e estudantes do instrumento. A partir da classificação de progressividade (Vaes, 2009) e da utilização pedagógica das técnicas expandidas ao piano (Tsanko, 2020) em junção à classificação de progressividade de repertório canônico de nível elementar e intermediário (Zorzetti, 2010 e Uzler, 1991), esse artigo apresenta cinco peças para piano para os níveis iniciante e intermediário, de compositores e compositoras portuguesas que utilizam técnicas expandidas. Objetiva-se, desse modo, trazer à luz algumas obras que podem promover a familiaridade com essas diferenciadas técnicas pianísticas já nos primeiros anos de aprendizagem<strong>.</strong></p>2024-12-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 DEBATES - Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Música