Revista M. Estudos sobre a morte, os mortos e o morrer
https://seer.unirio.br/revistam
<p>A <strong><em>Revista M.</em></strong> é um periódico acadêmico temático de publicação semestral, on-line e de acesso aberto, vinculada ao <a href="https://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4149230700872041" target="_blank" rel="noopener">Grupo de Pesquisas <em>Imagens da Morte e do Morrer na Ibero-América </em></a>– sediado na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e credenciado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Sua missão é divulgar amplamente a produção científica nacional e internacional sobre a temática da morte, tornando-se um periódico de referência para os interessados nas diferentes formas de conhecimento produzido sobre a finitude, com enfoques e perspectivas os mais variados possíveis, abordando diferentes sujeitos em torno do morrer, assim como a diversidade das práticas e concepções ligadas à morte humana nas mais diferentes ambientações, culturas e épocas.</p> <p>É financiada e produzida pelo Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), por meio de verba da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), vinculada ao governo federal do Brasil, e conta com a parceria latino-americana da Universidad Autónoma del Estado de Hidalgo (UAEH) / México e de outras instituições, associações e grupos de pesquisa do Brasil e da Argentina. Tem contado com a colaboração de autores, editores, membros do conselho editorial e do conselho consultivo, além de pareceristas, de diferentes países, com destaques para os ibero-americanos.</p> <p>Publica artigos originais e inéditos, escritos preferencialmente por doutores, que não estejam sendo avaliador por outro periódico, provenientes de áreas das ciências sociais e humanidades ou na interface com elas. Aceita submissão de textos em português, espanhol, inglês e francês e recebe colaborações em fluxo contínuo, exclusivamente on-line, através do acesso ao programa de SUBMISSÃO, disponível no Portal de Periódicos da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO): <a href="http://seer.unirio.br/revistam/about/submissions">http://seer.unirio.br/revistam/about/submissions</a>.</p>Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)pt-BRRevista M. Estudos sobre a morte, os mortos e o morrer2525-3050<p>Licença Creative Commons CC BY 4.0</p>Um toque de amor à morte: construção e validação de cartilha educativa sobre as doulas da morte
https://seer.unirio.br/revistam/article/view/12538
<p>O Objetivo deste artigo é relatar o trabalho de elaboração e validação da Cartilha educativa cartilha educativa digital intitulada “Doulas da morte: tecendo amorosidade no final da vida”. Trata-se de uma cartilha voltada para as chamadas Doulas da Morte, profissionais envolvidas com a prestação de cuidados a pessoas na iminência da morte. A pesquisa foi realizada em três etapas, incluindo a revisão bibliográfica sobre o tema, a construção da cartilha e a validação de seu conteúdo. A coleta de dados ocorreu entre os meses de junho a setembro de 2022. Foi utilizada a técnica <em>Delphi</em>, em duas avaliações, e índice de validade de conteúdo (IVC) para verificar a qualidade da concordância e o conteúdo dos itens da cartilha. A obra foi composta por quatro capítulos que abordam o contexto histórico, assistencial e educacional das doulas da morte e possui relevância científica para a área de educação e saúde. Pode ser utilizada por profissionais de saúde em toda rede de atenção à saúde, de forma a informá-los sobre a existência, a importância e o papel da doula da morte nos vários cenários assistenciais, sobretudo no âmbito dos cuidados paliativos.</p>Glenda AgraKádla Jorceli Gomes Rafael
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2024-06-302024-06-3091810.9789/2525-3050.2024.v9n18.e12538Um olhar sobre o terceiro lugar do além-túmulo católico
https://seer.unirio.br/revistam/article/view/13348
<p>Resenha do livro PAIXÃO, A. E. R. (2022). <em>No cárcere divino: Purgatório, indulgências e missas pelas almas no Rio de Janeiro setecentista</em>. Belo Horizonte: Fino Traço.</p>Jucieldo Ferreira Alexandre
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2024-06-302024-06-3091810.9789/2525-3050.2024.v9n18.e13348Editorial vol. 9, n. 18 (2024) - Dossiê: Morte aparente e os fins últimos do corpo (séculos XVIII e XIX)
https://seer.unirio.br/revistam/article/view/13346
<p>O conjunto de textos reunidos nesta edição 18 da <strong>Revista M.</strong> mostra o crescente amadurecimento do campo dos estudos da morte no Brasil. Os artigos reunidos no <strong>Dossiê</strong> <em>Morte aparente e os fins últimos do corpo (séculos XVIII e XIX)</em>, organizado por <strong>Jean Luís Neves de Abreu</strong>, <strong>Mara Regina do Nascimento</strong> (ligados à Universidade Federal de Uberlândia, Brasil) e <strong>André Luís Lima Nogueira</strong> (vinculado ao Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert, Brasil), trazem uma relevante contribuição para a compreensão da chamada <em>transição funerária</em>, a passagem da gestão da morte da esfera religiosa para a esfera laica, como importante marcador da secularização da sociedade.</p>Renato Cymbalista
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2024-06-302024-06-3091810.9789/2525-3050.2024.v9n18.e13346Apresentação do Dossiê nº18: Morte aparente e os fins últimos do corpo (séculos XVIII e XIX)
https://seer.unirio.br/revistam/article/view/13347
<p>O que define os limites entre a vida e a morte? Para além de suas dimensões éticas, religiosas, filosóficas e subjetivas, essa pergunta vem acompanhando os debates médicos durante anos. Desde a Antiguidade, ao escreverem seus prognósticos, os médicos procuravam definir os sinais que indicavam o estado de morte. Os textos reunidos neste dossiê revelam as diversas matizes de um debate que se constituiu entre fins do século XVIII e XIX, no contexto europeu e no Brasil. De forma geral, as análises apontam a tentativa dos médicos em se apropriar cada vez mais do corpo morto como objeto da ciência, seja para perscrutar nele os sinais da morte, seja para tomá-lo como objeto de estudo e de manipulação. Por um lado, os médicos buscavam evitar os enterros prematuros; por outro, a morte aparente serviu de mote para defender o monopólio médico sobre os óbitos e os sepultamentos. A despeito dos conhecimentos médicos que se têm hoje sobre a definição de morte, casos de pessoas consideradas mortas que retornam à vida, esses lázaros do século XXI continuam a despertar a curiosidade e o imaginário populares e a suscitar debates entre os médicos sobre os limites entre a vida e a morte.<br />No intuito de refletir sobre as questões que envolvem os fins últimos do corpo, o presente dossiê reúne artigos que procuram debater sobre o tema. Resultado de um projeto de pesquisa e da colaboração de pesquisadores de instituições brasileiras e internacionais, os textos aqui apresentados perpassam por diversas perspectivas sobre os usos do corpo post-mortem e a morte aparente.</p>Jean Luiz Neves AbreuMara Regina do NascimentoAndré Luís Lima Nogueira
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2024-06-302024-06-3091810.9789/2525-3050.2024.v9n18.e13347A identificação do cadáver. A morte aparente no Portugal de finais do Antigo Regime
https://seer.unirio.br/revistam/article/view/12862
<p>O presente artigo analisa a forma como o tema da morte aparente se converteu num objeto de discussão ao nível médico e político, em Portugal, na transição do século XVIII para as primeiras décadas do século XIX. Discutir-se-á, em primeiro lugar, a forma como o olhar médico se empenhou numa definição clínica rigorosa dos critérios da morte real. Para esse efeito, o presente texto enceta um diálogo com uma seleção da literatura médica portuguesa e europeia que, tendo incidido sobre a questão da morte aparente, mais circulou no Portugal de finais do Antigo Regime. Num segundo momento, procuramos analisar o impacto desse debate, tecido ao nível literário, na atuação dos legisladores e das autoridades de saúde pública (Junta de Saúde Pública) que, por diversas vias, foram tentando dar solução cabal ao problema da morte aparente. O argumento central que defendemos é que, por via de uma articulação de esforços entre a classe médica e os decisores políticos, podemos assistir em Portugal, no período temporal considerado, à emergência de um novo regime de evidência sobre a morte que, muito lentamente, se foi impondo às sensibilidades coletivas ao longo do século XIX.</p>Bruno Paulo Barreiros
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2024-06-302024-06-3091810.9789/2525-3050.2024.v9n18.e12862Morte aparente e verificação de óbitos na medicina século XIX: algumas perspectivas de abordagem a partir das teses médicas
https://seer.unirio.br/revistam/article/view/12868
<p>Na historiografia brasileira, a morte já se tornou objeto consolidado de estudos. Apesar da relevância das pesquisas sobre o assunto, o papel exercido pelo discurso médico sobre a morte e o morrer possui alguns aspectos pouco contemplados pelos pesquisadores, dentre eles o da discussão em torno da morte aparente. O objetivo do artigo é discutir de que maneira a morte aparente e a verificação de óbitos se constituiu como uma questão médica no século XIX, tendo como principal fonte as teses médicas da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. O argumento central é que as teses médicas permitem identificar os principais aspectos do tema, reverberando as discussões da medicina da época e os debates sobre a morte aparente no Brasil. A partir de uma leitura dessas fontes, e sua relação com artigos publicados nos periódicos e definições em dicionários médicos, foi possível analisar como as teses se apropriaram das teorias médicas da época e, ao mesmo tempo, propuseram soluções específicas para a questão da verificação dos óbitos.</p>Jean Neves Abreu
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2024-06-302024-06-3091810.9789/2525-3050.2024.v9n18.e12868Enterros precoces e o exercício da medicina: medos populares e debates médicos (Rio de Janeiro, c.1830-c.1870)
https://seer.unirio.br/revistam/article/view/12894
<p>De forma exploratória, pretendemos investigar os debates e os medos suscitados no Rio de Janeiro entre as décadas de 1830 e de 1860 em torno do “enterro precoce”, como era, eufemisticamente, chamado o sepultamento de uma pessoa que não estivesse morta de fato, que sofresse, portanto, de uma “morte aparente”. Por meio deste tema, que mobilizava a sociedade, procuramos analisar as divergências entre os médicos acerca do exercício médico e de suas prerrogativas. Consideramos também a utilização de modelos vindos do exterior e a necessidade de questionamentos e adaptações para o desenvolvimento da estatística médica no Brasil. As principais fontes utilizadas são periódicos de ampla circulação e periódicos médicos, a legislação citada sobre o assunto, relatórios da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, da Academia Imperial de Medicina e da Junta Central de Higiene Pública, além dos próprios registros de encaminhamento de enterro da Santa Casa.</p>Tânia Salgado Pimenta
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2024-06-302024-06-3091810.9789/2525-3050.2024.v9n18.e12894“Operador e parteiro”: o caso do Dr. Ernesto Mendo (Província do Espírito Santo, c. 1860-1895)
https://seer.unirio.br/revistam/article/view/12906
<p>O presente artigo objetiva interpretar o manuseio de corpos vivos e mortos em práticas de intervenções cirúrgicas e dissecações efetuadas por um destacado médico da “boa sociedade” imperial capixaba, o dr. Ernesto Mendo. Para isso, usaremos como <em>corpus documental</em>, fundamentalmente, os periódicos de ampla circulação no período de sua atuação, entre os anos de 1860 e 1895. Os veículos analisados não pouparam elogios para a atualização, destreza e conhecimento conceitual do nosso médico, lançando luz sobre seus saberes e práticas analisadas, aqui, a partir de discussões colocadas pela História das Ciências e da Medicina, a exemplo dos conceitos de “estilo de pensamento” e “coletivo de pensamento” desenvolvidos por L. Fleck (2010[1935]); objetividade e usos de “instrumentos” pensados por L. Daston (2017) e das abordagens de S. Saphin (2013), entre outros.</p>André Luís Lima Nogueira
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2024-06-302024-06-3091810.9789/2525-3050.2024.v9n18.e12906“Interrogar os mortos para cuidar dos vivos”. Autópsias, dissecações e aprendizado médico no contexto da escravidão (1808 – 1850)
https://seer.unirio.br/revistam/article/view/12907
<p>Este artigo analisa o uso de cadáveres no contexto do ensino médico na produção acadêmica publicada em tratados e periódicos da primeira metade do século XIX, na Corte imperial. O corpo morto cumpria um papel pedagógico fundamental na formação profissional dos médicos para o seu treinamento e nas observações sobre as doenças, na busca de tratamentos mais eficazes. Entretanto, as rotinas de aquisição e uso de cadáveres para fins pedagógicos foram um desafio com diferentes soluções na Europa e Estados Unidos. Esta pesquisa mostra como os médicos da capital do Império lidaram com esta questão. Os corpos utilizados para os estudos sobre o impacto das doenças na fisiologia humana e seu tratamento, bem como os disponibilizados para o ensino e treinamento médico eram, em sua maioria, de pessoas negras e escravizadas.</p>Silvio Cezar de Souza Lima
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2024-06-302024-06-3091810.9789/2525-3050.2024.v9n18.e12907Conserver les morts à tout prix ? Embaumement, concessions et désirs d’éternité en France au milieu du XIXe siècle
https://seer.unirio.br/revistam/article/view/12876
<p>Ce texte décrit comment, dans le contexte de la transition funéraire en France au XIX<sup>e</sup> siècle, un désir de conservation éternelle s’est exprimé autour des corps des morts. Il montre l’expression sociale de ce désir à travers deux processus concomitants : la transformation des cimetières par la diffusion des concessions, et la vogue de l’embaumement. L’éternité devient un marché tarifé. Cette aspiration donne lieu dès lors à des régimes funéraires socialement différenciés, la conservation éternelle étant un privilège réservé à une minorité, rendu possible par l’oubli du plus grand nombre.</p>CAROL Anne
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2024-06-302024-06-3091810.9789/2525-3050.2024.v9n18.e12876Revisitando o Cemitério dos Pretos Novos: um olhar sobre a morte e o sepultamento de africanos e crioulos escravizados, de 1812 a 1818
https://seer.unirio.br/revistam/article/view/12915
<p>Este artigo objetiva explorar o Cemitério dos Pretos Novos, um importante sítio histórico situado no Rio de Janeiro, no período entre os anos de 1812 e 1818. Sabe-se que durante o seu período final de funcionamento, de 1824 a 1830, milhares de africanos e crioulos escravizados foram ali sepultados, representando uma parte triste da história da escravidão no Brasil. Este artigo se propõe a analisar como teriam sido os sepultamentos naquele “campo santo”, em um período anterior ao seu fechamento. Com base em fontes primárias, como registros paroquiais, este estudo visa analisar as características demográficas dos sepultamentos praticados no Cemitério dos Pretos Novos. Além disso, busca-se compreender o papel do referido campo santo dentro do complexo escravista do Valongo, Zona Portuária do Rio de Janeiro que, durante o século XIX, foi um dos principais locais de venda de escravizados recém-chegados de África. A pesquisa tem demonstrado que as formas de sepultamento de 1812 a 1818 podem ter sido muito mais caóticas e perturbadoras do que nos anos finais do seu funcionamento (1824 a 1830).</p>Júlio César Medeiros da Silva Pereira
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2024-06-302024-06-3091810.9789/2525-3050.2024.v9n18.e12915Laborum Meta: Arte e Sociedade no Cemitério de São João Batista, em Manaus
https://seer.unirio.br/revistam/article/view/12872
<p>Este artigo apresenta um estudo sobre a centenária necrópole localizada na capital amazonense. A partir da análise dos túmulos e jazigos do Cemitério de São João Batista buscar-se-á refletir, por meio de suas formas e símbolos, mudanças nas atitudes da época em relação à morte e aos mortos e como determinados setores da sociedade utilizaram esse espaço para afirmarem suas posições. Assim como outras grandes obras da época da capital amazonense, o cemitério fazia parte de um pacote de modernização da capital, em processo de transformação entre fins do século XIX e início do século XX, período áureo da economia gomífera. Localizado na zona Centro-Sul de Manaus, foi inaugurado no dia 05 de abril de 1891, no Governo de Eduardo Gonçalves Ribeiro. Com sua abertura deu-se encerramento aos enterros nos antigos cemitérios de São José, em funcionamento desde 1856 e localizado no Centro da cidade, e de São Raimundo, em funcionamento desde 1888 e localizado em bairro homônimo. Logo, a cidade inaugurava novas sociabilidades entre vivos e mortos.</p>Keith Valéria de Oliveira BarbosaFabio Pedrosa
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2024-06-302024-06-3091810.9789/2525-3050.2024.v9n18.e12872