O Objeto Sonoro em Freud
DOI:
https://doi.org/10.9789/1679-9887.2006.v4i1.18-50Resumo
A intenção inicial desta pesquisa é tentar compreender porque a música ainda não atraiu uma substancial atenção dentro dos estudos psicanalíticos, dada a importância da influência artística desde os primeiros escritos teóricos de Freud. Ela resgata algumas das representações originais dos conceitos psicanalíticos devido à convicção de que esse desencontro esta paradoxalmente associado à história do fundador da psicanálise. A associação entre a linguagem verbal e a imagem musical parece fecunda na medida em que ambas podem ser compreendidas pelas representações sonoras. Em textos como o Projeto para uma Psicologia Científica (1895), por exemplo, Freud descreve a qualificação do desejo através do grito do lactante até a palavra, identificando a representação sonora na origem das pulsões. Considerando as idéias de Freud é possível deduzir que determinadas representações sonoras da fala que escapam à imagem verbal interferem na semântica do discurso ou mesmo do pensamento, em um constante jogo entre a representação de palavra e sua função pulsional. Esta pesquisa demonstra que a fala possui diferentes formas de representações que estão associadas a todos os tipos de processos psíquicos, e que algumas destas formas podem ser traduzidas por uma lógica própria da música.Downloads
Não há dados estatísticos.
Downloads
Publicado
2019-04-07
Como Citar
MUNAYER DAVID, C. O Objeto Sonoro em Freud. Psicanálise & Barroco em Revista, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 18–50, 2019. DOI: 10.9789/1679-9887.2006.v4i1.18-50. Disponível em: https://seer.unirio.br/psicanalise-barroco/article/view/8886. Acesso em: 26 dez. 2024.
Edição
Seção
Artigos
Licença
Esta publicação está licenciada com uma Licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.