EDITORIAL: EM TEMPOS PANDEMÔNICOS A NECESSÁRIA INTERLOCUÇÃO ENTRE DEMOCRÁCIA E PSICANÁLISE
DOI:
https://doi.org/10.9789/1679-9887.2020.v18i1.9-15Resumo
No que tange à arte ou ciência de governar a psicanálise só pode ser afeita a políticas não totalitárias, não excludentes, não genocidas, não fascistas. É apenas com essas políticas que a dimensão cidadã, da atividade de um psicanalista pode se comprometer. Pelo fundamento da livre circulação da palavra, no qual a psicanálise foi inventada e prosperou, é em defesa de políticas não totalitárias que faz sentido sua militância nos coletivos diversos nos quais ela se engaja. A abstinência na intimidade da clínica encontra como contrapartida o engajamento na atuação pública. Se assim não for, há que se desconfiar da ética em jogo. Não à toa essa prática da circulação da palavra tem afinidades com a Democracia...
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