A voz em “porte (a) faux”: uma nota desafinada do olhar
an out-of-tune note of the look
DOI:
https://doi.org/10.9789/pb.v20i1.12-30Palavras-chave:
alucinação, objeto a, punção, olhar, vozResumo
A voz do neurótico caminha em porte-à-faux na corda bamba do sintoma. O psicótico, por sua vez, se acoplará ao chamado do Outro e as vozes alucinadas deste, ele as tornará suas. Entre o neurótico e seu objeto a, a punção da fantasia. Entre o psicótico e seu objeto a, um punho-som que, através da alucinação, esmaga o objeto a em seu bolso. Tanto para o neurótico quanto para o psicótico, a relação com o objeto o faz avançar tal qual um equilibrista em porte-à-faux, que escreveremos doravante como porte(a)faux. Corpo herético a ele mesmo e à cultura, o que ele dá a ouvir deste real da voz?
Permitimo-nos aprender com a personagem de Marguerite, Diva de pacotilha cantando magistralmente desafinado, e nos interrogamos sobre este ponto de suporte que ela busca no olhar do outro, até recolocar sua voz no caminho da afinação, o que nos lembra o que Lacan diz no seminário O Sinthoma: “Em que a arte, o artesanato, pode desfazer, se assim posso dizer, o que se impõe do sintoma? A saber, a verdade”.
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