À sombra do feiticeiro e da Pop Art

Autores

  • Maria da Penha Simões

DOI:

https://doi.org/10.9789/1679-9887.2006.v4i1.67-76

Resumo

De acordo com a concepção lacaniana, a obra de arte cinge o vazio da Coisa, o objeto do gozo absoluto e para sempre perdido, por meio de uma organização significante que a represente através de outra coisa. A imagem híbrida do assim chamado Feiticeiro da caverna Les Trois Frères mostra que, desde seus primórdios, a arte procura figurar o objeto inacessível do gozo originário, atribuindo-lhe uma infinita variedade de formas, inclusive essa, a do Feiticeiro, a nosso ver uma versão paleolítica do gozo do Outro – o gozo pleno que está na Coisa – em sua presença mais animal do que humana. E assim ao longo de séculos até os dias atuais. Como exemplo recente, tomamos a POP ART que, pelas mãos de seus artistas, elevou objetos corriqueiros à categoria de arte ao criá-los – por ser arte – em torno daquilo que nos falta e tanto almejamos. E é justamente porque falta que falamos e desejamos, em que pese a nostalgia pelo que se perdeu sem nunca ter possuído.

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Publicado

2019-04-07

Como Citar

DA PENHA SIMÕES, M. À sombra do feiticeiro e da Pop Art. Psicanálise & Barroco em Revista, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 67–76, 2019. DOI: 10.9789/1679-9887.2006.v4i1.67-76. Disponível em: https://seer.unirio.br/psicanalise-barroco/article/view/8888. Acesso em: 7 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos