PSICANÁLISE E POLÍTICA: O TRABALHO DA DESILUSÃO
DOI:
https://doi.org/10.9789/1679-9887.2019.v17i2.107-124Resumo
O presente ensaio propõe-se a discutir qual a postura ética que a psicanálise herda de Sigmund Freud sobre como posicionar-se frente a fenômenos políticos autoritários. Inicialmente, realizamos uma leitura do bolsonarismo a partir de uma revisão do mecanismo de identificação ao líder proposto por Freud. Para tanto, são abordadas as noções de fascismo e populismo, desenvolvidas respectivamente por Theodor Adorno e Ernesto Laclau, decantando daí três operadores fundamentais à emergência desse fenômeno: identificação narcísica, retórica vitimista e “religiosização da política”. Por fim, debatemos a importância do trabalho da desilusão como condição necessária para a elaboração da necessidade da crença.
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