Grupo A TARDE promove debate sobre Educação à Distância

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  • Jornal A Tarde

DOI:

https://doi.org/10.9789/2179-1430.2010.v1i1.%25p

Resumo


O diploma de graduação na modalidade de educação à distância (EAD) é igual ao diploma dos cursos presenciais? As chances de entrar no mercado de trabalho são as mesmas para os formados nas diferentes modalidades? As empresas ainda têm preconceito para contratar profissionais com formação no ensino à distância? Estas foram algumas das perguntas que direcionaram o debate promovido pelo Grupo A TARDE, nesta quinta-feira, 20, com participação de representantes de instituições de ensino de Salvador e representantes do Conselho de Educação e da Secretaria de Educação.

"O diploma é de bacharel, não existe identificação e não pode existir", esclareceu Roberto Frederico Merhy, diretor de Inovação, Desenvolvimento e Pós-graduação da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC). De acordo com Merhy, as diretrizes do Ministério da Educação (MEC) definem que o certificado de conclusão do ensino superior não pode sinalizar se o aluno cursou a modalidade presencial ou EAD, não havendo validade distinta entre os cursos. O estudante pode, inclusive, solicitar aproveitamento de disciplinas e até transferência entre os diferentes formatos de curso.

Desta forma, o graduado na modalidade EAD pode se candidatar a qualquer cargo que exija formação de nível superior, inclusive a vagas de concursos públicos. "Outorga o profissional a atuar em qualquer lugar do mundo", destaca Anaci Paim, coordenadora regional da Universidade Norte do Paraná (Unopar).

“Há um leque de estratégias didático-pedagógicas para atender às necessidades do aluno, que vão além do material impresso e disponível virtualmente”, destacou Ihanmark Damasceno, pró-reitor acadêmico da Universidade Tiradentes (Unit). Entre as ferramentas que devem ser disponibilizadas pelas instituições de ensino, Damasceno enumerou bibliotecas e laboratórios nos pólos presenciais, tutores presenciais e remotos, além de chats, fóruns e demais possibilidades de interação entre professores e alunos.

Para Arturo Catunda, coordenador acadêmico EAD do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge), há uma tendência cada vez mais crescente para que as ferramentas de ensino à distância estejam presentes nas outras modalidades. O coordenador acredita que as habilidades exigidas do estudante EAD são um diferencial marcante no mercado de trabalho. “Percebemos uma mudança na dinâmica de ensino, que cobra autonomia do aluno e um desenvolvimento de co-autoria nos estudos” afirmou.

Perfil - Apesar disso, muitos estudantes optam pelo ensino à distância na falsa crença de que terão mais facilidade do que nos cursos presenciais. “Boa parte dos mitos sobre a EAD são provenientes destes alunos que fazem interpretações equivocadas”, ponderou Jader Cristiano Albuquerque, coordenador adjunto do EAD da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Os demais participantes do debate destacaram que o aluno EAD tem um perfil muito específico ligado a um comportamento disciplinado e autônomo, que exige bastante maturidade na escolha e no prosseguimento dos estudos.

Qualidade - Uma parcela grande da sociedade, no entanto, acredita que a quantidade reduzida de atividades presenciais torna inferior a qualidade do ensino à distância. "A qualidade dos cursos EAD pode ser checada da mesma forma dos cursos presenciais, através das avaliações e regulamentações do MEC", pontuou Waldeck Ornelas, diretor geral do Instituto de Educação e Tecnologias (Inet).

“Há um desconhecimento de que essa estratégia de educação oferece um cabedal de possibilidades de aprendizado que não são melhores, nem piores do que a educação presencial, mas sim complementares”, destacou Ihanmark Damasceno. Para Waldeck Ornelas, o ensino tradicional precisa incorporar as ferramentas utilizadas na EAD. “A internet tem que ser levada para a sala de aula, computador não é só para apresentação de slides”, refletiu.

Outro ponto destacado com relação à qualidade do ensino à distância foi a necessidade de planejamento e responsabilidade das instituições, com relação ao mito dos baixos custos desta modalidade. “Não dá para improvisar como no ensino presencial, o investimento é muito alto em equipamentos, hardware, tecnologia e recursos humanos, além do desenvolvimento de estratégias de ensino que envolvam flexibilidade, colaboração, co-autoria e interatividade do aluno”, apontou Arturo Catunda.


fonte: http://www.atarde.com.br/vestibular/noticia.jsf?id=2505821

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Como Citar

A Tarde, J. (2010). Grupo A TARDE promove debate sobre Educação à Distância. Alcancead, 1(1). https://doi.org/10.9789/2179-1430.2010.v1i1.%p

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Seção

EDITORIAL