VESTES LARANJA PARA O OLHO DA CIDADE

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Julia Remor Oliveira
http://orcid.org/0000-0003-3053-5922

Resumo

O presente trabalho resultado do projeto de mestrado ainda em curso assim como a pesquisa, propõe um olhar sobre o sistema carcerário, utilizando como base prático-teórica mergulhos nas experiências teatrais no cárcere que a autora possui, bem como na perspectiva crítica do cárcere como a negação e o fim do projeto político de cidade globalizada e seu entrelaçamento com a performatividade policial (LEPECKI, 2011) ao selecionar quais corpos devem ser coreografados e eliminados do espaço público. Segundo Britto e Jacques (2009) a cidade-espetáculo transforma o que é urbano em mercadoria e coloniza subjugando ao corpo a limitação de sua experiência urbana bisturizada pelos discursos hegemônicos, onde determinados corpos são eleitos como perigosos e devem portanto serem eliminados pro cárcere.

Palavras-chave: cidade, cárcere, coreopolicia.

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Como Citar
Oliveira, J. R. (2017). VESTES LARANJA PARA O OLHO DA CIDADE. Cadernos Virtuais De Pesquisa Em Artes Cênicas, 1(2), 82–86. Recuperado de https://seer.unirio.br/pesqcenicas/article/view/6779
Seção
XVII Colóquio
Biografia do Autor

Julia Remor Oliveira, PPGAC/UNIRIO

Graduada na UDESC em Licenciatura e Bacharelado em Teatro, atualmente mestranda do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Unirio, cuja linha de pesquisa PCI "Performances: corpos, imagens, linguagens e cultura e orientanda do Prof. Doutor Leonardo Ramos Munk. Durante a graduação foi bolsista pesquisadora de iniciação científica coordenados respectivamente por Brígida Maria Miranda e Stephan Baumgartel. A autora além de atriz e professora é performer de rua, onde esteve durante 5 anos como integrante do Coletivo ETC propondo e compondo intervenções urbanas na cidade de Florianópolis e região. Como professora esteve durante um ano na rede municipal de Educação onde foi professora de artes do Ensino Fundamental II e também coordenou o primeiro projeto de Teatro na Prisão no Presídio Regional de Tijucas/SC compondo uma montagem teatral com 20 mulheres em situação de restrição de liberdade. No Rio de Janeiro, atualmente é integrante do Projeto de Extensão da UNIRIO Teatro na Prisão, coordenado por Natália Fischer e da Associação Elas Existem Mulheres Encarceradas que atua junto às unidades prisionais do município na direção de garantir os direitos das mulheres e condições dignas a estas. A pesquisa de mestrado que vem desenvolvendo propõe um olhar sobre o sistema carcerário, utilizando as experiências teatrais nesse ambiente, na perspectiva crítica do cárcere como a negação e o fim do projeto político de cidade globalizada e seu entrelaçamento com a performatividade policial que seleciona quais corpos podem ser coreografados e eliminados do espaço público.