TUDO MUDA: UMA LEITURA DO CONTÁGIO PELA LINGUAGEM NO FILME "PONTYPOOL" ATRAVÉS DA CONCEPÇÃO FREUDIANA SOBRE AS AFASIAS
DOI:
https://doi.org/10.9789/1679-9887.2020.v18i2.236-253Palavras-chave:
Psicanálise, Freud, Lacan, Memória, Literatura, Arte, ClínicaResumo
Na busca tradicional pela articulação entre cinema e psicanálise, o filme Pontypool é utilizado neste ensaio teórico como interlocutor entre a monografia de Freud sobre a concepção das afasias, de 1891, e a epidemia causada por uma infecção disseminada através da linguagem, ilustrada pelo filme. As ideias de Freud sobre os distúrbios da linguagem, especialmente sobre sua construção do aparelho de linguagem (Sprachapparat), são utilizadas para refletir e interpretar sobre o possível mecanismo pelo qual se dá a infecção fictícia que atinge os moradores de Pontypool. O contágio pela palavra, através de uma involução do aparelho de linguagem que anula sua função de significação, bem como a possível cura pela palavra, nos remetem à uma relação íntima com a psicanálise, ao resgatar um texto freudiano por vezes esquecido.
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