Quando um aplicativo ocupa o lugar do Outro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9789/pb.v20i1.122-132

Palavras-chave:

psicanálise, interpretação, Outro, desejo do analista, aplicativo

Resumo

Como um aplicativo é capaz de alterar a percepção que um sujeito tem dele mesmo e permitir que ele se veja de um modo diferente daquele que imaginava? Quando o Outro familiar se ausenta da função de ajudar um sujeito a administrar o cotidiano da sua vida e a construir uma narrativa que o situe no interior de sua família e no mundo externo, a quem cabe exercer esta função? Um caso clínico demonstra como dois apps vinham sendo usados por um jovem como suplência ao esvaziamento do lugar do Outro porque lhe forneciam dados quantificados e gráficos sobre suas atividades cotidianas e a qualidade do seu humor. O saber da máquina é especulativo; não inclui o gozo. Através da interpretação, o desejo do analista conecta o sujeito à sua causa porque interroga a verdade em jogo no sintoma. Legitima-a partir do recurso à hipótese da existência de um Outro saber. Assim, reinsere na consideração egoica um app mais primitivo: a dimensão transgeracional e constitutiva do desejo

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Biografia do Autor

Rosa Guedes Lopes

Psicanalista.
Professora colaboradora do Curso de Especialização em Psicanálise, Clínica e Cultura do Centro Universitário Celso Lisboa e do Curso de Especialização Clínica e Pós-graduação em Psicanálise do SEPAI.
Membro da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental – AUPPF.
Vice-presidente do Instituto Sephora de Ensino e Pesquisa de Orientação Lacaniana – ISEPOL.
Pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Universidade Veiga de Almeida – UVA.
Doutorado e mestrado em Teoria Psicanalítica pelo Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

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Publicado

2022-09-08

Como Citar

GUEDES LOPES, R. Quando um aplicativo ocupa o lugar do Outro. Psicanálise & Barroco em Revista, [S. l.], v. 20, n. 1, p. 122–132, 2022. DOI: 10.9789/pb.v20i1.122-132. Disponível em: https://seer.unirio.br/psicanalise-barroco/article/view/12114. Acesso em: 22 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos