Quando um aplicativo ocupa o lugar do Outro
DOI:
https://doi.org/10.9789/pb.v20i1.122-132Palavras-chave:
psicanálise, interpretação, Outro, desejo do analista, aplicativoResumo
Como um aplicativo é capaz de alterar a percepção que um sujeito tem dele mesmo e permitir que ele se veja de um modo diferente daquele que imaginava? Quando o Outro familiar se ausenta da função de ajudar um sujeito a administrar o cotidiano da sua vida e a construir uma narrativa que o situe no interior de sua família e no mundo externo, a quem cabe exercer esta função? Um caso clínico demonstra como dois apps vinham sendo usados por um jovem como suplência ao esvaziamento do lugar do Outro porque lhe forneciam dados quantificados e gráficos sobre suas atividades cotidianas e a qualidade do seu humor. O saber da máquina é especulativo; não inclui o gozo. Através da interpretação, o desejo do analista conecta o sujeito à sua causa porque interroga a verdade em jogo no sintoma. Legitima-a partir do recurso à hipótese da existência de um Outro saber. Assim, reinsere na consideração egoica um app mais primitivo: a dimensão transgeracional e constitutiva do desejo
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