O SUJEITO DA PSICANÁLISE E OCOGITO CARTESIANO: UMA QUESTÃO ESTRUTURAL
DOI:
https://doi.org/10.9789/1679-9887.2017.v15i1.63-86Resumo
O objetivo deste artigo é explorar o modo como Lacan se propõe a pensar
o sujeito da psicanálise em sua assertiva de que este é o sujeito da ciência
moderna tal como depreendido do cogito cartesiano. São percorridas as
principais referências de Lacan sobre Descartes, buscando situar a leitura
lacaniana do cogito como estrutural, não condizente com a proposta veiculada
por alguns autores como Charles Melman, de que estaríamos em uma nova era,
a pós-modernidade, com novos sujeitos, diversos daquele sobre o qual a
psicanálise opera. Conclui-se pela sustentação do mal-estar expresso na
resistência do sujeito do inconsciente à qualificação em detrimento da tentativa
contemporânea de classificá-lo, articulando-o a atributos comuns em nosso
momento histórico.
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