O Médico, o Analista e o Monstro

Autores

  • Marcus Vinicius Resende Netto

DOI:

https://doi.org/10.9789/1679-9887.2011.v9i1.%25p

Resumo

A década de 90 do século XX foi marcada por um grande avanço nos estudos acerca da relação entre o cérebro e os comportamentos humanos, através do surgimento das chamadas neurociências. Não podemos negar que tais avanços são importantes e trouxeram significativos benefícios para o campo da saúde mental. Por outro lado, vivemos em uma era em que uma neuromania impera soberana e procura dar respostas rápidas e práticas, apesar de contingenciais, para questões tidas até então como de alta complexidade. Assim, neste cenário de respostas confortavelmente imediatas, é inevitável que a eficácia da Psicanálise seja questionada e, no hospital - terras do progresso médico-científico – essa resistência fica ainda mais em evidência. Dessa forma, através da análise do romance O Médico e o Monstro de Robert Louis Stevenson percebemos que tal resistência não é de cunho intelectual e sim afetivo, uma vez que a descoberta do inconsciente freudiano foi uma ferida infringida ao narcisismo do homem moderno, que percebe-se não mais como senhor de sua própria casa. Entretanto, falar da resistência em psicanálise não deve ser feito sem antes levarmos em conta a importância da mesma. Afinal, foi através desta que Freud chegou aquilo que é o motor do trabalho analítico – a transferência.

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Publicado

2019-03-31

Como Citar

RESENDE NETTO, M. V. O Médico, o Analista e o Monstro. Psicanálise & Barroco em Revista, [S. l.], v. 9, n. 1, 2019. DOI: 10.9789/1679-9887.2011.v9i1.%p. Disponível em: https://seer.unirio.br/psicanalise-barroco/article/view/8747. Acesso em: 22 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos