ABISMOS INOMINÁVEIS E NOVAÇÃO: QUESTÕES SOBRE O FINAL DE ANÁLISE
DOI:
https://doi.org/10.9789/1679-9887.2020.v18i1.195-206Abstract
Freud em "Análise terminável e interminável" indica que ao final de uma análise encontra-se um rochedo, o insuperável rochedo da castração, tanto para as mulheres como para os homens. Lacan, por sua vez, fala da presença de uma pedra no caminho em direção ao final da análise, encontro do real que, ao contrário de Freud, considera passível de ser transposto. A travessia da fantasia supõe, assim, o embaraço diante da crueza de algo que se apresenta como intransponível. Encontro com o inominável que comporta duas facetas: por um lado, o silenciamento do sujeito , diante do traumático e, por outro, aquilo que, incitando o ultrapassamento do plano das identificações, permite o aparecimento de um sentido novo, de uma novação. Uma nova-ação que afirma um paradoxo que demanda a invenção ao final de cada experiência analítica e que compromete o sujeito com a transmissão daquilo que é essencial à psicanálise.
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