A PARANOIA DO NEGRO NO BRASIL, A ANÁLISE DE ARTHUR RAMOS: UMA RELAÇÃO ENTRE IDENTIFICAÇÃO, CRIME E PUNIÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.9789/1679-9887.2020.v18i2.74-98Palabras clave:
Psicanálise, Freud, Lacan, Memória, Literatura, Arte, ClínicaResumen
Neste artigo, propomos expor e discutir a construção teórica do médico e psiquiatra alagoano Arthur Ramos de Araújo Pereira (1903-1940), que estabeleceu relações entre os fatores de degenerescência e miscigenação na paranoia do Negro no Brasil, inter-relacionada com o processo da identificação, crime e punição. Em um primeiro momento seguidor da escola fundada pelo médico maranhense Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906), professor da faculdade de medicina da Bahia, na qual o processo das anormalidades mentais residia no fator da miscigenação, isso é, a mistura consanguínea entre Negros, brancos e Índios, e a degenerescência. Seria atribuído fatores de violência e crime baseada em consequências na qual as condições da degenerescência, proposta teórica de Cesar Lombroso (1835-1909) e a teoria atávica de Tanzi e Riva, determinavam ao Negro um caráter de anormalidade mental paranoico onde as condições do crime e a violência seriam diretamente vinculados. Ao traçar nesse artigo os aspectos teóricos dados por Arthur Ramos no conceito de paranoia do Negro e sua relação com o crime e punição, de outra feita suas tentativas de enfatizar não só a singularidade do Negro, mas de formular o conceito do Inconsciente Folklórico. Uma pergunta fara parte desse trabalho; em que condição na contemporaneidade ainda seria possível levar em consideração as condições do Negro no Brasil e a relação da paranoia como catástrofe social, entre a constituição da paranoia como categoria clínica e a experiencia estética social de crise, isto é, da transformação.
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