O ALIENADO E O ALIENISTA: ALIENA-SE UMA QUESTÃO
DOI:
https://doi.org/10.9789/1679-9887.2014.v12i2.%25pResumen
Este artigo se propõe a refletir sobre a política de atenção ao usuário de álcool e outras
drogas levando em conta a obra O Alienista de Machado de Assis e a história de Louis
Althusser, associando internação compulsória ao destino da impronúncia como uma
sentença definitiva, algo que encarcera o sujeito, sem ao menos dar-lhe o direito à
resposta. Por vivermos dias de intenso encarceramento de usuários de drogas, quer seja
daqueles incluídos no art. 28 da Lei 11343, quer seja os incluídos em tratamentos
fechados, prolongados e, por vezes, sem anuência do sujeito, sem que ao menos possa
falar do seu ato, do que significa o seu enebriamento, é que este estudo se engendrará.
Dessa forma, farei uma abordagem sobre a exclusão, em especial a exclusão que tem
recaído sobre o usuário de drogas, em suas múltiplas vertentes: encarceramento, longas
internações, e mesmo a lógica do afastamento como forma de resolução à questão do
uso e abuso de substâncias psicoativas.
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