Editorial - Tessituras: psicanálise e literatura, mais ainda...
Résumé
Esta edição traz como marca a articulação entre psicanálise e literatura. Como já sublinhamos em outros momentos, por vezes os temas conspiram, mesmo nas seções livres. A maioria dos artigos tecem uma trama entre obras literárias diversas, e conceitos psicanalíticos. O que faz com que tantos autores, ao mesmo tempo, procure na literatura um modo de dizer sobre aquilo que os atravessa? Não temos a resposta, mas é sabido que não é de hoje que esses campos se entrelaçam. Aliás, o criador da psicanálise já dizia que os escritores e os poetas são os verdadeiros descobridores da psicanálise, dado que, em suas obras, anteciparam as descobertas freudianas. Somos testemunhas do gradual distanciamento da psicanálise dos ideais da medicina, e seu avanço na direção da literatura e das artes. Freud era um homem de “letras”. Por mais que seu ponto de partida tenha sido a medicina, trazia consigo o desejo de ser escritor. A escrita, seja ela literária ou não, tem o poder de nos transportar para outra realidade, trazendo à tona o que há de singular no sujeito.
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