Entre o Pai e a Saudade
DOI :
https://doi.org/10.9789/1679-9887.2006.v4i2.82-121Résumé
Este texto é uma reflexão feita a partir de um trabalho clínico com emigrantes. A problemática encontrada nesta experiência e a amplidão das migrações, como mal estar próprio de nossa época, me levaram a questionar nosso modo de abordagem teórica e ética do sofrimento, em particular no exílio, e por conseqüência nossa posição na cura. Como considerar, na singularidade do discurso clínico, elementos que fazem sentido porque referidos ao cultural sem trair a escuta que nos remete para um sujeito estruturalmente clivado pelo não-sentido e pelos efeitos daquilo que ele não pode saber. Trata-se de uma impossibilidade estrutural em torno do qual o inconsciente se constitui. A partir desse questionamento pareceu-me necessário trabalhar a noção do sujeito em sua relação com o Outro da cultura, articulado ao modo de representação do Pai, modo de que tratarei, em seguida, dentro da cultura portuguesa no rastro da saudade. Tal percurso nos indica como a cultura atravessa o sujeito e a partir disso, desenvolvo algumas hipóteses sobre o que causa o sofrimento quando uma pessoa se desloca de uma cultura a outra.Téléchargements
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Publiée
2019-04-07
Comment citer
D’ELIA, H. Entre o Pai e a Saudade. Psicanálise & Barroco em Revista, [S. l.], v. 4, n. 2, p. 82–121, 2019. DOI: 10.9789/1679-9887.2006.v4i2.82-121. Disponível em: https://seer.unirio.br/psicanalise-barroco/article/view/8881. Acesso em: 23 nov. 2024.
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