BIOÉTICA, TÉCNICA E DIREITO
DOI:
https://doi.org/10.9789/2317-7705.2013.v1i2.%25pResumen
Neste artigo defende-se que o uso da técnica não é neutro e que nem todo progresso científico conduz necessariamente ao bem do homem ou da sociedade. Como a técnica exerce uma sedução sobre o ser humano, isso leva à confusão da bondade da técnica com a sua factibilidade e à uma visão ideológica da técnica. A ideologia da técnica leva a crer que a experiência científica, pelo fato de ser tecnicamente realizável, deve ser feita sem pensar nas consequências éticas e induz a pensar que o progresso das sociedades se consegue com o progresso técnico-científico. Passagens de um famoso julgamento do Supremo Tribunal Federal ilustram tudo isso. A valoração ética depende do fim empregado, mas isso não é suficiente, uma vez que mesmo revestida de uma finalidade altruísta, pode gerar uma consequência prejudicial, se não se atenta à qualidade dos meios escolhidos.