Laborum Meta: Arte e Sociedade no Cemitério de São João Batista, em Manaus

Authors

  • Keith Valéria de Oliveira Barbosa Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
  • Fabio Pedrosa Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

DOI:

https://doi.org/10.9789/2525-3050.2024.v9n18.e12872

Keywords:

Cemitério, Manaus, Morte, Arte

Abstract

The São João Batista Cemetery, located between the neighborhoods of Adrianópolis and Nossa das Graças, in the Center-South area of Manaus, was inaugurated on April 5, 1891, in the Government of Eduardo Gonçalves Ribeiro. With its opening, burials in the old cemeteries of São José, in operation since 1856 and located in the city center, and São Raimundo, in operation since 1888 and located in the homonymous neighborhood, were closed. Like other major works of the time, the São João Batista Cemetery was part of a modernization package for the Amazonian capital, in the process of transformation between the end of the 19th century and the beginning of the 20th century. This article intends to present a history of this centenary necropolis, as well as to analyze, in a qualitative way, some of its funerary works, seeking to identify, through its forms and symbols, changes in the mentalities of the time in relation to death and the dead and how certain sectors of society used this space to assert their positions.
Keywords: Cemetery; Manaus; Death; Art.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Keith Valéria de Oliveira Barbosa, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Mestrando em História pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Aluno do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Atua como Professor de História do Curso Preparatório Paradigma, PARADIGMA, em Manaus. CV: http://lattes.cnpq.br/4692301245677969

Fabio Pedrosa, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Doutora em História das Ciências e da Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Atualmente é Professora do Departamento de História e do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). CV: http://lattes.cnpq.br/3692449762532927

References

Ariès, P. (1989). Sobre a História da Morte no Ocidente desde a Idade Média. Lisboa (PT): Teorema.

Bertarelli, M. E. Silvério José Nery. Verbetes – Primeira República. https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/NERY,%20Silv%C3%A9rio%20%20Jos%C3%A9.pdf.

Bittencourt, A. (1973). Dicionário Amazonense de Biografias: Vultos do Passado. Rio de Janeiro: Conquista.

Borges, M. E. (2002). Arte funerária no Brasil (1890-1930): ofício de marmoristas italianos em Ribeirão Preto. Belo Horizonte: Editora C/Arte.

Bruce-Mitford, M. (2001). O livro ilustrado dos símbolos: o universo das imagens que representam as ideias e os fenômenos da realidade. Trad. de Fernando Wizard, Maria Ção Rodrigues. São Paulo: Publifolha.

Castro Santos, L. A. (1994). Um século de Cólera: Itinerário do Medo. Physis. Revista de Saúde Coletiva, 4 (1), 79-110.

Chalhoub, S. (1996). Cidade febril: cortiços e epidemias na Corte Imperial. São Paulo: Companhia das Letras.

Corbin, A. (1987). Saberes e odores: o olfato e o imaginário social nos séculos XVIII e XIX. Trad. Lígia Watanabe. São Paulo: Companhia das Letras.

Carvalho, L. F. N. (2009). A Antiguidade Clássica na Representação do Feminino: Pranteadoras do Cemitério Evangélico de Porto Alegre (1890-1930). [Dissertação (Mestrado em História, Teoria e Crítica da Arte), Instituto de Artes, Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre].

Carvalho, L. F. N. de. (2015). História e Arte Funerária dos Cemitérios São José I e II em Porto Alegre (1888-2014). [Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Artes, Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, Porto Alegre].

Chevalier, J., & Gheerbrant, A. (2001). Dicionário de símbolos: (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números). Coord. Carlos Sussekind. Trad. Vera da Costa e Silva. 16° ed. Rio de Janeiro: José Olympio.

Corrêa, L. de M. (2012). O Nascimento de uma Cidade: Manaus 1890 a 1900. 2° Ed. Manaus: Academia Amazonense de Letras/Governo do Estado do Amazonas – Secretaria de Estado de Cultura.

Comte, A. (1978). Catecismo Positivista. In Auguste Comte. Traduções de José Arthur Giannoti e Miguel Lemos. São Paulo: Abril Cultural (Coleção Os Pensadores).

Cymbalista, R. (2002). Cidade dos vivos: Arquitetura e atitudes perante a morte nos cemitérios do estado de São Paulo. São Paulo: Annablume.

Duarte, D. M. (2009). Manaus entre o passado e o presente. Manaus: Ed. Mídia Ponto Comm.

Daou, A. M. (2000a). A Belle Époque Amazônica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.

Daou, A. M. (2000b). Instrumentos e sinais da civilização: origem, formação e consagração da elite amazonense. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, VI (Supl), 867-888.

Dias, E. M. (2007). A Ilusão do Fausto – Manaus 1890-1920. 2° ed. Manaus: Editora Valer.

Foucault, M. (1979). O nascimento da medicina social. In Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal.

Ferreira, M. F. S. M. (1996). A Luta Contra os Cemitérios Públicos no Século XIX. Ler História, 30, 19-35.

Franco, M. C. V. (2019). De campo santo à necrópole monumentalizada: o processo de criação e transformação do Cemitério Público de Campos dos Goytacazes no século XIX. [Tese de Doutorado, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em História].

Freyre, G. (2003). Casa Grande & Senzala: Formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 48° ed. São Paulo: Global.

Garcia, E. (2022). Manaus e seus cemitérios: histórias de vidas e legados. Manaus: Concultura/Norma Editora.

Gomes, O. C. (1953). A medicina do século XVII - As descobertas científicas - os iatrofísicos e os iatroquímicos - Thomas Sydenham e o neohipocratismo seiscentista. Revista de História, São Paulo, ano 4, 6 (13), 85-122.

Gomes, A. (2014). O processo de secularização do Brasil no limiar da República e a criminalização do espiritismo. Sacrilegens – Revista dos Alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião – UFJF, 10 (1), 83-93.

Le Goff, J. (1990). História e memória. Tradução de Bernardo Leitão [et al.]. Campinas: Editora da UNICAMP.

Lima, T. A. (1994). De morcegos e caveiras a cruzes e livros: a representação da morte nos cemitérios cariocas do século XIX (estudo de identidade e mobilidade sociais). Anais do Museu Paulista. São Paulo, 2 (1), 87-150.

Martins, C. M. M. A. (2021). Representação na Cidade dos Mortos: uma análise da escultura tumular em Manaus durante o período da borracha. [Dissertação Mestrado Letras e Artes, Universidade do Estado do Amazonas, Manaus].

Mendonça, M. R. de L. (2008). Administração do Coronel Lisboa. Manaus: Edições Muiraquitã, 2008.

Motta, A. (2009). Formas tumulares e processos sociais nos cemitérios brasileiros. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 24 (71), 73-93.

Motta, A. (jan./jun. 2010). Estilos mortuários e modos de sociabilidade em cemitérios brasileiros oitocentistas. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 16, 33, 55-80.

Mendes, C. de M. (2016). A cantaria de Lioz na arquitetura funerária de Salvador no século XIX. [Tese de Doutorado, Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Arquitetura, Salvador].

Nagel, C. M. O. (2011). A Morte e o Morrer na “Paris dos Trópicos”. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH, São Paulo.

Páscoa, M., & Martins, C. M. M. A. (2019). Os Guardiões de Pedra da Cidade dos Mortos: escultura tumular na Manaus da Belle Époque. Revista M. Estudos sobre a Morte, os Mortos e o Morrer, 4 (8), 280-305.

Páscoa, M., & Martins, C. M. M. A. (2022). O espaço cemiterial e a urgência da modernidade: Manaus 1854-1906. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), Rio de Janeiro, ano 183, 489, 57-90.

Páscoa, M., & Martins, C. M. M. A. (2023). Representações de mulheres na arte tumular do Cemitério de São João, Manaus/Amazonas: imaginário social da belle époque e a emancipação feminina. Revista M. Estudos sobre a Morte, os Mortos e o Morrer, 8 (15).

Rodrigues, C. (1997). Lugares dos mortos na cidade dos vivos: tradições e transformações fúnebres no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Departamento Geral de Documentação e Informação Cultural, Divisão de Editoração.

Rodrigues. C. (2014). A criação dos cemitérios públicos do Rio de Janeiro enquanto “campos santos” (1798-1851). Revista do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, (8), 257-278.

Rodrigues, P. A. C. (2014). Duas faces da morte: o corpo e a alma do Cemitério Nossa Senhora da Soledade, em Belém/PA. [Dissertação de Mestrado, IPHAN, Rio de Janeiro].

Reis, J. J. (1991). A morte é uma festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras.

Reis, J. J. (1997). O cotidiano da morte no Brasil Oitocentista. In L. F. Alencastro (org). História da Vida Privada no Brasil (vol. 2). São Paulo: Cia. das Letras.

Silva, E. S., Lins, G. A., & Castro, E. M. N. V. (2017). Historicidade e olhares sobre o processo saúde-doença: uma nova percepção. Sustinere: Revista de Saúde e Educação, 4 (2), 171-186.

Saraiva, M. R. de B. (2007). Pinduricalhos da memória: usos e abusos dos obeliscos no Brasil (séculos XIX, XX e XXI). [Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em História das Sociedades ibéricas e americanas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul].

Sousa, J. B. de F., Souza, A. M. de, & Bahia, A. (1908). A Imprensa no Amazonas, 1851-1908. Manáos: Typographia da Imprensa Official. Biblioteca Mário Ypiranga – Centro de Documentação e Memória da Amazônia (CDMAN).

Vovelle, M. (1997). Imagens e imaginário na história: fantasmas e certezas nas mentalidades desde a Idade Média até o século XX. São Paulo: Editora Ática.

Vailati, L. L. (2012). Representações da Morte Infantil durante o século XIX no Rio de Janeiro e na Inglaterra: Um esboço comparativo preliminar. Revista de História, São Paulo, 167, 261-294.

Published

2024-06-30

How to Cite

Barbosa, K. V. de O., & Pedrosa, F. (2024). Laborum Meta: Arte e Sociedade no Cemitério de São João Batista, em Manaus. Revista M. Estudos Sobre a Morte, Os Mortos E O Morrer, 9(18). https://doi.org/10.9789/2525-3050.2024.v9n18.e12872