A morte, os mortos, o julgamento e a salvação no Egito Antigo
DOI:
https://doi.org/10.9789/2525-3050.2018.v3i5.114-128Resumo
Difícil apontar outra civilização dentre os povos da Antiguidade com tamanho interesse pelos mistérios da morte como a egípcia. Ali foi desenvolvida uma tradição peculiar e imemorial acerca da morte e do morrer. O Livro dos Mortos, conjunto de textos anônimos de intenso valor para os antigos egípcios, organizado em 1842 pelo egiptólogo alemão Karl Richard Lepsius, destinava-se não só aos mortos, mas também aos iniciados nos rituais religiosos e nos conhecimentos da morte, bem como aos desejosos de saber como iniciar-se em tais ofícios. O objetivo do nosso trabalho é compreender a questão da morte, dos rituais e/ou celebrações em torno do morto no Antigo Egito, tendo como principal fonte o Livro dos Mortos, a fim de identificar de que forma as concepções sobre a morte e os rituais de celebração ao morto podem ser considerados elementos essenciais para a busca de harmonia entre aqueles que ficavam e os que partiam em sua viagem rumo ao Além-túmulo; uma viagem vista como cheia de perigos e obstáculos e que, exatamente por este motivo, precisaria ser bem conduzida.Downloads
Referências
BAKOS, Margareth Marchiori. Relações nem sempre amistosas: os egípcios e seus mortos. Clássica – Revista Brasileira de Estudos Clássicos. São Paulo, v. 7/8, n. 1, p. 15-24, 1994.
BRANCAGLION JÚNIOR, Antônio. O eufemismo da morte no Antigo Egito. Clássica – Revista Brasileira de Estudos Clássicos. São Paulo, v. 7/8, n. 1, p. 25-32, 1994.
BRANCAGLION JÚNIOR, Antônio. O Livro dos Mortos do Egito Antigo. In: RUGGERI, Maria Carolina Duprat (org). Seminário de Pesquisa em História da Arte – Cadernos de Pesquisa II. São Paulo: Curso de Especialização em História da Arte; FAAP, s/p, 2009.
CAMPAGNO, Marcelo. Notas sobre espacio, tiempo y alteridad en el Antiguo Egipto. In: CARDOSO, Ciro Flamarion; OLIVEIRA, Haydes (orgs.). Tempo e espaço no Antigo Egito. Niterói: UFF, 25-57, 2011.
DAVID, Rosali. Religião e magia no Antigo Egito. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2011. 632 p.
DONADONI, Sergio. O morto. In: DONADONI, Sergio (dir.). O homem egípcio. Lisboa: Editorial Presença, p. 216-236, 1994.
ELIADE, Mircea. História das Crenças e das Ideias Religiosas. Vol. I. Trad. Roberto Cortes de Lacerda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2010. 440 p.
KEMP, Barry. El Antiguo Egipto. Anatomía de una civilización. Barcelona: Crítica, 1996. 451 p.
LANGE, Kurt. Pirâmides, Esfinges e Faraós. Trad. Oscar Mendes. Belo Horizonte: Editora Itatiaia LTDA., 1961. 294 p.
MATIAS, Keidy Narelli C. Um espelho de Kemet: Experiência e espaço no Livro dos Mortos. In: BRANCAGLION JÚNIOR, Antonio; LEMOS, Renan de Souza; SANTOS, Raizza dos (orgs.). SEMNA – Estudos de Egiptologia II. Rio de Janeiro: Seshat – Laboratório de Egiptologia do Museu Nacional, p. 165-174, 2015.
PRINGLE, Heather. O Mundo das Múmias. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. 291 p.
QUESNEL, Alain et al. O Egito: Mitos e Lendas. São Paulo: Ed. Ática, 1993. 48 p.
SPENCER, A. Jeffrey. Death in Ancient Egypt. London: Penguin Books, 1982. 256 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Licença Creative Commons CC BY 4.0