A morte, os mortos, o julgamento e a salvação no Egito Antigo
DOI:
https://doi.org/10.9789/2525-3050.2018.v3i5.114-128Resumo
Difícil apontar outra civilização dentre os povos da Antiguidade com tamanho interesse pelos mistérios da morte como a egípcia. Ali foi desenvolvida uma tradição peculiar e imemorial acerca da morte e do morrer. O Livro dos Mortos, conjunto de textos anônimos de intenso valor para os antigos egípcios, organizado em 1842 pelo egiptólogo alemão Karl Richard Lepsius, destinava-se não só aos mortos, mas também aos iniciados nos rituais religiosos e nos conhecimentos da morte, bem como aos desejosos de saber como iniciar-se em tais ofícios. O objetivo do nosso trabalho é compreender a questão da morte, dos rituais e/ou celebrações em torno do morto no Antigo Egito, tendo como principal fonte o Livro dos Mortos, a fim de identificar de que forma as concepções sobre a morte e os rituais de celebração ao morto podem ser considerados elementos essenciais para a busca de harmonia entre aqueles que ficavam e os que partiam em sua viagem rumo ao Além-túmulo; uma viagem vista como cheia de perigos e obstáculos e que, exatamente por este motivo, precisaria ser bem conduzida.Downloads
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