Revisitando o Cemitério dos Pretos Novos: um olhar sobre a morte e o sepultamento de africanos e crioulos escravizados, de 1812 a 1818
DOI:
https://doi.org/10.9789/2525-3050.2024.v9n18.e12915Palavras-chave:
Cemitério dos Pretos Novos, Morte e sepultamento, Práticas funerárias, EscravidãoResumo
Este artigo objetiva explorar o Cemitério dos Pretos Novos, um importante sítio histórico situado no Rio de Janeiro, no período entre os anos de 1812 e 1818. Sabe-se que durante o seu período final de funcionamento, de 1824 a 1830, milhares de africanos e crioulos escravizados foram ali sepultados, representando uma parte triste da história da escravidão no Brasil. Este artigo se propõe a analisar como teriam sido os sepultamentos naquele “campo santo”, em um período anterior ao seu fechamento. Com base em fontes primárias, como registros paroquiais, este estudo visa analisar as características demográficas dos sepultamentos praticados no Cemitério dos Pretos Novos. Além disso, busca-se compreender o papel do referido campo santo dentro do complexo escravista do Valongo, Zona Portuária do Rio de Janeiro que, durante o século XIX, foi um dos principais locais de venda de escravizados recém-chegados de África. A pesquisa tem demonstrado que as formas de sepultamento de 1812 a 1818 podem ter sido muito mais caóticas e perturbadoras do que nos anos finais do seu funcionamento (1824 a 1830).
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