[Não apresentado] O vibrato de David Oistrakh em 1949 na cadência do Concerto para violino e orquestra em Mi menor, op.64, de Félix Mendelssohn

Autores

  • Paula Cordeiro Franco UFMG

Resumo

A fonte primária gravação de áudio proporciona uma vasta possibilidade de estudos sobre as práticas interpretativas de diferentes períodos, estéticas e estilos musicais. A análise de gravação de áudio viabiliza a compreensão das práticas interpretativas profundamente, o que é improvável por meio da análise meramente da partitura. Através deste tipo de análise é possível, por exemplo, investigar práticas de performance específicas, como o vibrato, além de compreender como grandes mestres de um instrumento utilizavam esta prática. Neste trabalho - que consiste em um recorte de pesquisa de doutorado em andamento sobre três práticas interpretativas (vibrato, portamento e timing) e sua utilização por intérpretes referência do violino - foi contemplada a utilização do vibrato por David Oistrakh na gravação da cadência do Concerto para violino e orquestra em Mi menor, op.64, de Félix Mendelssohn, realizada em 1949. Utilizando o módulo de análise espectrográfica de faixa ampla do Software Adobe Audition, com o intuito de extrair dados quantitativos e qualitativos e a análise auditiva, os vibrati foram classificados de acordo com a tipologia proposta durante a pesquisa. Através da comparação dos resultados quantitativos extraídos em trechos correspondentes, semelhantes melodicamente e ritmicamente, foi possível elucidar escolhas interpretativas de um dos maiores violinistas de sua geração, David Oistrakh. Este trabalho também torna possível substanciar uma interpretação historicamente fundamentada com base nas predileções na construção e no uso da prática interpretativa vibrato neste momento específico de sua carreira violinística.

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Artigos - Teoria e Prática da Interpretação Musical