GRITO DE ALERTA: A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER EM SEU ASPECTO PSICOLÓGICO

Contenido principal del artículo

Livia Pagani de Paula
https://orcid.org/0000-0002-3496-3185
Natália de Souza e Mello Araujo
https://orcid.org/0000-0002-6398-8859

Resumen

Pretende-se realizar no presente artigo uma análise reflexiva sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher no seu aspecto psicológico. O objeto geral da pesquisa é demonstrar que essa forma de manifestação de violência se desenvolve por meio de um processo silencioso e, que se não for identificado em tempo hábil, poderá progredir para uma agressão física. O objetivo específico da pesquisa é apontar e analisar as formas da violência psicológica, de modo a favorecer o reconhecimento dessas por parte da vítima e do próprio agressor, mesmo quando a atitude parecer enraizada em figuras conceituais de caráter não violento. Além disso, pretende-se trazer alguns dos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional para ilustrar como a questão vem sendo palco de discussões legislativas. A metodologia adotada é exploratória e contempla o método analítico-descritivo, por meio das pesquisas bibliográficas, de caráter multidisciplinar, passando por diversos saberes como a psicologia, sociologia, antropologia, filosofia e direito, adotando-se como referencial teórico Pierre Bourdieu, especialmente no enfoque de violência simbólica trazida pela obra Dominação masculina.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
de Paula, L. P., & Araujo, N. de S. e M. (2022). GRITO DE ALERTA: A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER EM SEU ASPECTO PSICOLÓGICO. Notes on Law and Public Policy, 3(1). Recuperado a partir de https://seer.unirio.br/cdpp/article/view/10532
Sección
Artigos
Biografía del autor/a

Livia Pagani de Paula

Mestre em Direito Público e Evolução social da Universidade Estácio de Sá/RJ, na linha de pesquisa Direitos Fundamentais e Novos Direitos. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Direitos Humanos e Transformação Social, coordenado pela Profª Dra. Edna Raquel Hogemann, na UniRio. Professora universitária de Direito Penal, Processual Penal, Constitucional e Ciência Política na UNESA e monitora acadêmica de Direito Constitucional na Escola de magistratura do Estado do Rio de Janeiro - EMERJ. Possui graduação em Direito pela Universidade Estácio de Sá/RJ (2005) e pós-graduação lato sensu pela Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro - EMERJ (2010). Coordenadora Jurídica na Fundação Petrobras de Seguridade Social - PETROS. Advogada.  Tem experiência na área de Direito Civil, com ênfase em Responsabilidade civil e Consumidor, Direito Processual Civil e Direito de Seguro e Resseguro. Atuou como advogada nas áreas de seguro/resseguro de responsabilidade civil, marítimo, aeronáutico, casco, transportes nacionais e internacionais, DPEM e DPVAT e como Coordenadora Jurídica de Responsabilidade Civil na Consultoria Jurídica do IRB BRASIL RE (2010-2015). Atuou como Advogada na área Cível do Departamento Jurídico da Estácio Participações S/A no RJ (2017-2018). Em 2007/2008 atuou como professora-instrutora de Direito Constitucional, Responsabilidade Civil Profissional e Criminal no Curso de Técnico de Segurança do Trabalho ministrado pelo SENAC, unidade Barreto, Niterói, RJ.

Natália de Souza e Mello Araujo

Mestre em Direito Público e Evolução Social pela Universidade Estácio de Sá – UNESA/RJ. Pós-graduada em Responsabilidade Civil e Direito do Consumidor pela Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro – EMERJ. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Direitos Humanos e Transformação Social da UniRio, coordenado pela Profª Dra. Edna Raquel Hogemann. Advogada.

Citas

AGÊNCIA BRASIL. Pesquisa IBGE. Desemprego na pandemia atinge maior patamar em agosto. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-09/ibge-desemprego-na-pandemia-atinge-maior-patamar-em-agosto. Acesso em set. 2020.

ALI, Yashar. Por que as mulheres não estão loucas: Gaslighting é uma coisa que você não deveria fazer. Publicado em 18/08/2013. Tradução feita com permissão do autor. Disponível em https://papodehomem.com.br/porque-as-mulheres-nao-estao-loucas/. Acesso em set. 2020.

ALMEIDA, Guilherme de Assis. Direitos Humanos e não violência. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2015.

BEAUVOUIR, Simone. O Segundo Sexo. Le Deuxième Sexe, Paris, Gallimard, 1949.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Tradução de Maria Helena Kuhner. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.

BRASIL. A Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher – Convenção de Belém do Pará. Disponível em: https://www.camara.leg.br/Internet/comissao/index/perm/cdh/Tratados_e_Convencoes/Mulher/convencao_interamericana_para_erradicar_a_violencia_contra_a_mulher.htm. Acesso em set. 2020.

BRASIL. Instituto Maria da Penha. 2018. Disponível em: https://www.institutomariadapenha.org.br/violencia-domestica/ciclo-da-violencia.html. Acesso em out. 2020.

BRASIL. Lei 11.340/06. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm. Acesso em set. 2020.

BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Indicadores da Ouvidoria. Disponível em: https://ouvidoria.mdh.gov.br/portal/indicadores Acesso em jul. 2020.

BRASIL. Projeto de Lei 7.490/2014. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1252729&filename=Despacho-PL+7490/2014-19/05/2014. Acesso em out. 2020.

BRASIL. Projeto de Lei 9.559/2018. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=D8DCC20DE8AB69B980B52E3A2BBB84B6.proposicoesWebExterno1?codteor=1641564&filename=Tramitacao-PL+9559/2018. Acesso em out. 2020.

BRASIL. Projeto de Lei 3.441/2019. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=00B64CF11D63AEF5C25201601D35296B.proposicoesWebExterno1?codteor=1774998&filename=Avulso+-PL+3441/2019. Acesso em out. 2020.

BRASIL. Projeto de Lei 523/2020. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2238428. Acesso em out. 2020.

CASTRO, Carla Rodrigues Araujo de. As Marias do Brasil. Juiz de Fora: Siano, 2019.

CERQUEIRA, D. et al. Participação no mercado de trabalho e violência doméstica contra as mulheres no Brasil. IPEA. Rio de Janeiro, 2019. Disponível em http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/9358/1/td_2501.pdf. Acesso em set. 2020.

DA SILVA, L.L et al. Violência Silenciosa: violência psicológica como condição da violência física doméstica. Interface – Comunic., Saúde, Educ. V.1.1, n.21, p.93-103, jan/abr 2007.

DOS SANTOS, Letícia Aparecida. SOTERO, Andrea Luiza Escarabelo. (In)Eficácia da medida protetiva prevista na Lei Maria da Penha: proteção da vítima frente à atuação do Estado. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/ineficacia-da-medida-protetiva-prevista-na-lei-maria-da-penha-protecao-da-vitima-frente-a-atuacao-do-estado/. 2020. Acesso em out. 2020.

JORNAL OBSERVADOR. O que é o "micromachismo"? 2016. Disponível em https://observador.pt/2016/07/01/o-que-e-o-micromachismo/. Acesso em out. 2020.

MENDES, Adriana Pereira (org.) [et. al]. Dossiê Mulher 2020. 15.ed. Rio de Janeiro: Instituto de Segurança Pública, 2020. Disponível em http://arquivos.proderj.rj.gov.br/isp_imagens/uploads/DossieMulher2020.pdf. Acesso em out. 2020.

MENDEZ, Luis Bonino. Micromachismos: la violencia invisible en la pareja. Madrid: Paidós, 1998.

MOREIRA, Vital; GOMES, Carla Marcelino. Compreender os direitos humanos: manual de educação para os direitos humanos. Coimbra, Coimbra editora, 2014.

MUCHEMBLED, Robert. História da Violência: do fim da Idade Média aos nossos dias. Tradução Abner Chiquieri. Rio de janeiro: Forense Universitária, 2012.

ONU. Declaração sobre a eliminação da violência contra as mulheres. Disponível em: http://www.un-documents.net/a48r104.htm. Acesso em set. 2020.

ONU Mulheres. Violência contra as mulheres e meninas é pandemia invisível, afirma diretora executiva da ONU Mulheres. Disponível em: http://www.onumulheres.org.br/noticias/violencia-contra-as-mulheres-e-meninas-e-pandemia-invisivel-afirma-diretora-executiva-da-onu-mulheres/ Acesso em: abr. 2020.

PACHECO, Indiara Leiliane Cavalcante. A (in)eficácia das medidas protetivas de urgência Lei Maria da Penha. 2015. Disponível em: http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/44228/a-in-eficacia-das-medidas-protetivas-de-urgencia-lei-maria-da penha#:~:text=As%20medidas%20protetivas%20tem%20o,vem%20crescendo%20a%20cada%20dia. Acesso em out. 2020.

SACRAMENTO, Lívia de Tartari; REZENDE, Manuel Morgado. Violência: lembrando alguns conceitos. Aletheia, n.24 Canoas dez. 2006

Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942006000300009#end2. Acesso em set. 2020.

SILVA, Ângela Scarlett da Silva e. O reconhecimento da violência psicológica no âmbito da Lei Maria da Penha (lei 11.340/06): Análise dos julgados no Tribunal de Santa Catarina. Criciúma,2019. Disponível em: http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/7548/1/%c3%82NGELA%20SCARLETT%20DA%20SILVA%20E%20SILVA.pdf Acesso em out. 2020.

VOLKMANN, Fabiane Fester. DA SILVA, Everaldo. A Violência Psicológica contra mulher Lei 11.340/2006 - Lei Maria da Penha. Disponível em: http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/bauman/article/view/14116/7956. Caderno Zygmunt Bauman. v. 10. N. 23, 2020. Acesso em out. 2020.

WIKIPÉDIA. Covid 19. In Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/COVID-19. Acesso em ago. 2020.