QUEM FALA NO SILÊNCIO?

Vivências e significações entre sujeitos solitários na pandemia

Autores

Palavras-chave:

Silêncio, Cotidiano, Estudos culturais, Covid-19, Solidão

Resumo

O presente artigo pretende explorar pontos centrais na vivência de sujeitos que residiram de forma solitária, sem compartilhar o ambiente domiciliar, durante a pandemia do Covid-19 no Brasil durante os anos de 2020 e 2021. A pesquisa se deu a partir de entrevistas de cinco participantes, que descreveram, além das transformações de seus cotidianos pela pandemia, suas significações sobre os momentos de estar em silêncio, desde suas concepções sobre o que é estar em silêncio até sobre a função desses momentos em suas vidas. Foi percebido como a experiência do silêncio pode modificar as perspectivas que os sujeitos formavam sobre a própria identidade, e como houve uma reconfiguração de si a partir desse fenômeno. Também foi percebido como, para vários entrevistados, a prática musical se demonstrou central para a experiência do silêncio. Com o trabalho, pretende-se fomentar o debate e promover pontos para o desenvolvimento de possíveis investigações acerca da vivência do silêncio, que foi em geral percebido de forma positiva, e suas potencialidades, na realidade contemporânea. É proposto, também, um debate sobre os limites do que pode ser considerado estar em silêncio.

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Biografia do Autor

Gabriel Barth da Silva, Universidade do Porto

Mestre em Sociologia pela Universidade do Porto e Graduado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Realiza investigações sobre tópicos relacionados aos estudos culturais.

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Publicado

2024-02-19

Como Citar

Barth da Silva, G. (2024). QUEM FALA NO SILÊNCIO? : Vivências e significações entre sujeitos solitários na pandemia. Humanidades Em Revista, 4(2), 122–139. Recuperado de https://seer.unirio.br/hr/article/view/12058