O RESGATE DAS MADALENAS: MUCAMAS DO SÉCULO XXI
Palavras-chave:
Trabalho análogo a escravidão, democracia racial, ideologia do branqueamento, racismo por degeneração e autodefinição.Resumo
O presente artigo analisa o trabalho análogo a escravidão no âmbito doméstico no Brasil, bem como os fatores que contribuem para sua permanência e invisibilidade. Partindo da microanálise de dois casos amplamente noticiados pelos veículos de impressa, em que trabalhadoras domésticas negras foram resgatadas depois de várias décadas de abusos e exploração, buscamos compreender a permanência dessa Lógica escravocrata no Brasil após 134 anos da abolição da escravidão e 34 anos da promulgação da nossa Constituição cidadã, bem como discutir os fatores com contribuíram para que essas trabalhadoras permanecessem nessa situação por tanto tempo. O primeiro caso analisado se refere a trabalhadora Madalena Gordino, resgatada em Patos de Minas/MG em 2020, e o segundo diz respeito à trabalhadora doméstica Madalena Santiago da Silva do município de Lauro de Freitas, na região Metropolitana de Salvador, resgatada em 2022. O trabalho tem como ponto de partida uma inquietação e a seguinte pergunta: o que explica a persistência de casos como esses ainda hoje no Brasil? Para responder essa pergunta, o estudo faz um diálogo com as concepções de Lélia Gonzalez sobre o mito da democracia racial e ideologia do branqueamento, bem como a ideia de autodefinição defendida por Patrícia Hill Collins.
Palavras-chave: Trabalho análogo a escravidão, democracia racial, ideologia do branqueamento, racismo por degeneração e autodefinição.
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