O testemunho como um potente operador nas políticas de reparação integral no Brasil
Resumo
Este artigo destaca a importância da ação testemunhal como instrumento impulsionador da construção da memória individual e coletiva, da Memória Política sobre as situações de violência traumática a que sujeitos e sociedades foram submetidos. Dá ênfase na experiência subjetiva produzida pelo testemunho no âmbito da clínica psicológica/psicanalítica e na promovida por equipamentos culturais, filmografia, literatura, artes plásticas, como contribuições para o conhecimento sobre a violência estatal em regimes totalitários. Expõe processos e medidas de reparação no Brasil em momentos de alternâncias de poder nos últimos anos: avanços na reparação integral e períodos de graves retrocessos nas políticas públicas. Valoriza a ação de profissionais no campo da clínica psicológica/psicanalítica e de trabalhadores no desafio de buscar inovadores caminhos reparatórios quando o Estado se faz ausente.