Proust e os limites da memória: a arte como salvação

Autores

  • Miguel Angel de Barrenechea

Resumo

Pretendo refletir sobre a Recherche, de Proust, partindo da análise deleuziana, em Proust et les signes. Segundo esse enfoque, aRecherche, na sua totalidade, pode ser considerada muito mais do que um esforço da memória para recuperar um passado já definitivamente perdido, ou uma especulação sobre o tempo, mas uma genuína busca da verdade, um aprendizado. Aprendizado que leva a desvendar diversos tipos de signos, até chegar aos signos mais puros e essenciais da arte, que exprimem a verdade do mundo. Para Proust, além de todas as decepções que provoca a vida mundana e amorosa, e as outras frustrações da existência, aparece a arte como a "salvação", como uma "missão" que, no meu entender, alcança um sentido quase religioso, propondo uma espécie de escatologia imanente. É importante indagar se essa valorização exclusiva da arte, não leva a uma profunda rejeição da vida, nas suas outras manifestações não artísticas.

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Como Citar

Barrenechea, M. A. de. (2014). Proust e os limites da memória: a arte como salvação. Revista Morpheus - Estudos Interdisciplinares Em Memória Social, 3(4). Recuperado de https://seer.unirio.br/morpheus/article/view/4110

Edição

Seção

Artigos originais