Documento e poder: uma arqueologia da escrita

Autores

  • Lidia Silva de Freitas

Resumo

Apresenta problematização e resultados parciais de estudo que se insere em debate em curso na Ciência da Informação, envolvendo a delimitação de seu objeto central: a informação – em suas variadas conceituações – ou o documento – em sua materialidade, da ordem da institucionalidade e gerador de efeitos sociais (Frohmann). A pesquisa, de cunho teórico- conceitual, testa o conceito/hipótese de modo de acreditação e distribuição social de saberes, fundado na divisão de Nora entre sociedades de memória e sociedades de história. Analisa a constituição, os funcionamentos e as representações imaginárias da escrita, como marco divisório e base das sociedades históricas – ou de arquivo – e fundamentando o efeito- documento em processos de legitimação, autoridade e regimes de verdade. o estudo busca as bases da persistência do documento nos processos dominantes de acreditação e distribuição social de saberes – e poderes – no ocidente, buscando contribuir, assim, para o adensamento desse relevante debate no campo. Apresenta os avanços de pesquisa obtidos pelos aportes teórico-conceituais da escola francesa da análise e teoria do discurso, que recoloca a dimensão material e histórica do sentido, rompendo com a ilusão da transparência da linguagem – fundamento do efeito-informação (evidência), mito fundador do campo informacional.

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Como Citar

Freitas, L. S. de. (2015). Documento e poder: uma arqueologia da escrita. Revista Morpheus - Estudos Interdisciplinares Em Memória Social, 8(14). Recuperado de https://seer.unirio.br/morpheus/article/view/4830

Edição

Seção

Artigos originais