DA FORACLUSÃO À RECONSTRUÇÃO: INTERLOCUÇÕES ENTRE NISE DA SILVEIRA E A TEORIA FREUDO-LACANIANA QUANTO AO MANEJO CLÍNICO DAS PSICOSES COM VISTAS A ESTABILIZAÇÃO.

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.9789/1679-9887.2021.v19i1.210-228

Palabras clave:

Psicose, Freud, Lacan, estabilização, Nise da Silveira

Resumen

Este trabalho se propõe a realizar uma interlocução entre a teoria e práxis de Nise da Silveira no que tange ao acolhimento institucional da psicose e as teorizações de Freud e Lacan quanto as possibilidades de estabilização frente à Verwerfung. A estabilização da psicose poderá ser alcançada seja pela via da passagem ao ato (apelo à incidência da Lei), da metáfora delirante (atuando em suplência ao Nome-do-Pai foracluido) ou do sinthoma (invenção), e o modo de acolhimento que se pratica nas instituições (se não é permitida a livre-expressão) pode constituir uma barreira à estabilização, conforme advertia Nise da Silveira. Daí é que defendemos que Nise da Silveira, embora não fosse psicanalista, atuava em conformidade à ética psicanalítica ao assegurar ao psicótico a livre expressão.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Mariana Rodrigues Festucci Grecco, Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo

Doutoranda em Psicologia Clínica (bolsista Cnpq) pela USP;mestre em Psicologia Social e especialista em Psicanálise e Linguagem pela PUCSP; especialista em Gestão da Educação Pública pela Unifesp e em Psicopedagogia pela Uscs.

Ivan Ramos Estevão, Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo

Psicanalista e professor universitário. Doutor e mestre em Psicologia clínica pela Universidade de São Paulo.

Citas

ALBERTI, S. (2000). O discurso do capitalista e o mal estar na cultura. Rio de Janeiro:

Bergnasse 19. Recuperado de: http://www.berggasse19.psc.br/site/wpcontent/uploads/2012/07/19133239-Sonia-

Alberti-O-Discurso-Do-Capitalist-A-e-oMal-Estar-Na-Cultura-1.pdf. Acesso em: 20 de junho de 2016.

ALBERTI, S. FIGUEIREDO, A.C. (2006). Psicanálise e saúde mental: uma aposta. Rio

de Janeiro: Companhia de Freud.

BAUMAN, Z. (2011). Bauman sobre Bauman. Rio de Janeiro: Zahar (versão digital).

CEDRAZ, A.; DIMENSTEIN, M. (2005). Oficinas terapêuticas no cenário da Reforma Psiquiátrica: modalidades desinstitucionalizantes ou não? Fortaleza: Revista Mal Estar e subjetividade, v. V, n.2, p. 300-327. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/malestar/v5n2/06.pdf. Acesso em: 20 de maio de 2019.

DIAS, J. D. S. (2018). Oficinas terapêuticas como estratégia para reinserção psicossocial e produção de vínculo. Minas Gerais: Pretextos – Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas, v.3, n.5, p. 129-145. Recuperado de: http://periodicos.pucminas.br/index.php/pretextos/article/view/15933/13006. Acesso em: 21 de maio de 2019.

FREUD, S. Observações psicanalíticas sobre um caso de paranoia relatado em autobiografia – O caso Schreber. In. FREUD, S. Obras completas, v.10. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

GALETTI, M. C. (2001). Oficinas em saúde mental: instrumento terapêutico ouintercessor clínico? São Paulo: PUCSP. Dissertação de Mestrado.

GUERRA, A. As psicoses. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

GUERRA, A. M. C; SOUZA, P. V. (2006). Reforma Psiquiátrica e Psicanálise: diálogos possíveis no campo da inserção social. México: Revista Eletrónica Internacional de La Unión Latinoamericana de Entidades de Psicologia. Recuperado de: https://psicolatina.org/Cinco/reforma.html Acesso em 23 de maio de 2019.

HARARI, R. (2002). Como se chama James Joyce? A partir do seminário Le sinthomede Jacques Lacan. Rio de Janeiro: Companhia de Freud.

HIDALGO, L. (2011). Arthur Bispo do Rosário: o senhor do labirinto. Rio de Janeiro: Rocco.

LACAN, J. Da psicose paranoica em suas relações com a personalidade. Rio de Janeiro: Forense universitária, 1987.

________. O Seminário, livro III: As psicoses. Rio de Janeiro: Zahar., 1988.

________. Ciência e verdade. In. LACAN, J. Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

________. O Seminário, livro XXIII: O sinthoma. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.

LANCETTI, A. (2006). Clínica peripatética. São Paulo: Hucitec.

LUCCHESI, M. (2001). Cartas a Spinoza. In. CHANG, F. et al. Quaternio. Homenagem a Nise da Silveira, número 8, p. 50-51.

MELO, W. (2001). Nise da Silveira. Brasília: Conselho Federal de Psicologia.

MELLO, L. C. Nise da Silveira: caminhos de uma psiquiatra rebelde. Rio de Janeiro: Automática e Hólos consultores associados, 2015.

MINISTERIO DA SAUDE. (2004). Saúde mental no SUS: os Centros de Atenção Psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde.

_________________________. (2015). Cadernos Humaniza SUS – Saúde mental. v.5. Brasília:Ministério da Saúde.

PARKER, I. (2013). Psicanálise lacaniana: revoluções em subjetividade. São Paulo: Anhablume.

PEREIRA, O. P; PALMA, A. C. D. (2018). Sentidos das oficinas terapêuticas ocupacionais do CAPS no cotidiano dos usuários: uma descrição fenomenológica. Goiânia: Revista da abordagem gestáltica, v.24, n.1. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672018000100003. Acesso em 21 de maio de 2019.

SILVEIRA, N. (1992). O mundo das imagens. São Paulo: Ática.

____________. (2016). Casa das Palmeiras e frases de Nise da Silveira. Recuperado de: http://casadaspalmeiras.blogspot.com.br/2016/01/casa-das-palmeiras-e-frases-de-nise-da.html. Acesso em 01 de maio de 2018.

SOLER, C. (2007). Estabilização da psicose. In. SOLER, C. O inconsciente a céu aberto da psicose. Rio de Janeiro: Zahar.

SOUZA, A. (2002). Prefácio. In. HARARI, R. Como se chama James Joyce? A partir do seminário Le sinthome de Jacques Lacan. Rio de Janeiro: Companhia de Freud.

TENÓRIO, F. (2001). A psicanálise e a clínica da reforma psiquiátrica. Rio de Janeiro: Rios ambiciosos.

Publicado

2021-08-11

Cómo citar

FESTUCCI GRECCO, M. R.; ESTEVÃO, I. R. DA FORACLUSÃO À RECONSTRUÇÃO: INTERLOCUÇÕES ENTRE NISE DA SILVEIRA E A TEORIA FREUDO-LACANIANA QUANTO AO MANEJO CLÍNICO DAS PSICOSES COM VISTAS A ESTABILIZAÇÃO. Psicanálise & Barroco em Revista, [S. l.], v. 19, n. 1, p. 210–228, 2021. DOI: 10.9789/1679-9887.2021.v19i1.210-228. Disponível em: https://seer.unirio.br/psicanalise-barroco/article/view/10780. Acesso em: 3 jul. 2024.

Número

Sección

Artigos Livres