A autoficção como escrita de si: aproximações entre literatura e psicanálise

Autores/as

Palabras clave:

Escrita de si, Autoficção, Psicanálise, Julián Fuks

Resumen

A escrita de si surgiu como um fenômeno literário típico da modernidade, onde as fronteiras entre ficção e realidade se esvanecem, produzindo narrativas que dão voz a um eu que fala a partir de uma afirmação pessoal. Neste artigo, apresentamos uma aproximação entre literatura e psicanálise, considerando tratar-se de duas produções humanas que têm em comum a palavra como matéria prima, a possibilidade de produzir narrativas do eu e a insuficiência de apreender por completo a linguagem. A partir da obra do escritor Julián Fuks, abordamos a relação entre a autoficção enquanto produção literária e a narrativa ficcional que é própria de cada sujeito na busca de contorno e sustentação de sua singularidade, tal como se depreende da psicanálise.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Angela Teresa Nogueira de Vasconcelos

Psicanalista, mestre em Psicologia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), professora do curso de Psicologia do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7).

Eliane Vasconcelos Diógenes, PUC-SP

Doutora e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP.  Professora do curso de Psicologia e do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade de Fortaleza (UNIFOR).

Citas

ARAÚJO, P. G. Trato desfeito: o revés autobiográfico na literatura contemporânea brasileira. 2011. 107 f. Dissertação (Mestrado em Literatura) – Universidade de Brasília, Brasília, 2011.

BALLARINE, R. Julián Fuks: A melhor maneira de resistir aos fatos é começar por assumi-los sem meias palavras. Blog Capítulo Dois. 22 dez. 2016. Disponível em https: //capitulodois.com/2016/12/22/julian-fuks-a-melhor-maneira-de-resistir-aos-fatos-e-comecar-por-assumi-los-sem-meias-palavras/. Acesso em: 16 ago. 2018.

BENIGNO, L. Sobre o eu em psicanálise: a tecedura de uma ficção. 2016. 105 f. Dissertação. (Mestrado em Psicologia) – Universidade de Brasília, 2016.

FAEDRICH, A. Uma discussão teórica acerca da autoficção: a ficcionalização de si em O filho eterno, de Cristovão Tezza. Revista Letrônica, v. 4, n. 1, p. 181 - 195, junho, 2011. Disponível em: < https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/letronica/article/view/7984>. Acesoo em: 10 ago. 2018.

FIGUEIREDO, E. Autoficção feminina: a mulher nua diante do espelho. Criação e crítica, Revista do Departamento de Letras Modernas, n. 4, p. 91-102, abr. 2010. Disponível em: < http://www.revistas.usp.br/criacaoecritica/article/view/46790>. Acesso em: 3 ago. 2016.

FREUD, S. (1908). O poeta e o fantasiar. Belo Horizonte: Autêntica, 2015. (Obras Incompletas de Sigmund Freud – Arte, literatura e os artistas.

FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

__________ (1937) Construções em análise. vol. XII

FUKS, J. Procura do Romance. Rio de Janeiro: Record, 2011.

FUKS, J. A resistência. São Paulo: Companhia da Letras, 2015.

HIDALGO, L. Autoficção brasileira: influências francesas, indefinições teóricas. In: Alea, Revista de Estudos Neolatinos, v. 15/1, p. 218-231, jan-jun 2013. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=33027017014. Acesso em: 15 mai. 2016.

LACAN, J. (1953). O seminário – livro 1 – Os escritos técnicos de Freud. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.

LACAN, J. (1953). Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise. In Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

LACAN, J. (1955). Variantes do tratamento-padrão. In Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

LACAN, J. (1956-57). O seminário – livro 4 – A relação de objeto. Rio de Janeiro: Zahar, 1995.

LACAN, J. (1957-58). A instância da letra no inconsciente ou a razão desde Freud. In Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

LEJEUNE, P. (1975). O pacto autobiográfico. In O pacto autobiográfico: de Rousseau à Internet. Tradução de Jovita M. G. Noronha e Maria Inês C. Guedes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014a.

_____________ (1975). Autobiografia e ficção (2005). In O pacto autobiográfico: de Rousseau à Internet. Tradução de Jovita M. G. Noronha e Maria Inês C. Guedes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014b.

NORONHA, J. Apresentação. In: LEJEUNE, Philippe. O pacto autobiográfico: de Rousseau à Internet. Tradução de Jovita M. G. Noronha e Maria Inês C. Guedes. 2 ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

Publicado

2022-03-11

Cómo citar

NOGUEIRA DE VASCONCELOS, A. T.; VASCONCELOS DIÓGENES, E. A autoficção como escrita de si: aproximações entre literatura e psicanálise . Psicanálise &amp; Barroco em Revista, [S. l.], v. 19, n. 2, p. 205–223, 2022. Disponível em: https://seer.unirio.br/psicanalise-barroco/article/view/11033. Acesso em: 21 nov. 2024.

Número

Sección

Artigos Livres