MEDICALIZAÇÃO E TERCEIRA IDADE: A QUESTÃO DA DEPRESSÃO
DOI:
https://doi.org/10.9789/1679-9887.2014.v12i2.%25pResumen
Este artigo visa discutir o processo medicalizante que tem se instalado na sociedade
atual, o qual assume como biológico toda e qualquer queixa e torna irrelevante as
vivências e a história do sujeito. Esse processo se expande por todos os momentos do
existir, marcando sua presença de forma característica ao se tratar da terceira idade,
quando o sujeito tem uma bagagem de sentimentos e perdas maiores e requer maior
elaboração de um trabalho de luto. Esses fatores, quando vinculados à depressão, podem
ser tratados a partir de dois pontos de vista: o medicalizante, que enxerga o ser apenas
enquanto paciente, cujo apoio praticamente exclusivo em medicamentos objetivando a
remissão de um sintoma é evidente. Ou ainda o ponto de vista psicanalítico, em que
sujeito está em primeiro lugar, baseando-se na noção de sujeito e evidenciando seus
desejos, dificuldades e conflitos.
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