La politique du psychanalyste et la réduction des risques et des dommages dans le contexte de la Guerre contre la Drogue
DOI :
https://doi.org/10.9789/pb.v21i1.126-144Mots-clés :
psicanálise, atenção psicossocial, uso abusivo de drogas, redução de danos, segregaçãoRésumé
Este artigo tem como proposta uma discussão em torno do lugar do analista e suas apostas clínicas no cuidado de sujeitos em uso abusivo de drogas diante de alguns atravessamentos políticos atuais: as diretrizes da atenção psicossocial brasileira, os efeitos de violência do discurso produzido pela Guerra às Drogas e um laço social orientado por um consumo ininterrupto de substâncias para o anestesiamento do mal-estar na cultura.
Abordaremos os efeitos mortíferos da segregação para determinados grupos sociais que consomem drogas demonstrando que o uso de substâncias químicas produz menos danos para sujeitos que não estão circunscritos nestes territórios marcados pela exclusão.
Destarte, afirmamos que a política do analista opera efeitos de tratamento na relação do sujeito com o uso abusivo de drogas, na segregação discursiva oriunda do campo do Outro social que fixa estes sujeitos à determinados significantes (delinquentes, bandidos, drogados, etc.), assim como na possibilidade de invenções de dispositivos de trabalho clínica no campo da atenção psicossocial.
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