O Que Pode o Analista Oferecer ao Sujeito Adolescente?
DOI :
https://doi.org/10.9789/1679-9887.2013.v11i2.%25pRésumé
Em O Seminário, livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise,
Lacan assinala que o sujeito se constitui a partir de uma dupla operação - alienação e
separação – advindo não somente do campo do Outro enquanto tesouro dos significantes, mas
também de uma relação na qual subsiste uma falta, um resto sem representação. Assim, passa
a conceber a neurose como tentativa de fazer contorno a esse ponto de falta, traumático,
inassimilável, chamado de real. Considerando a adolescência como momento em que um
“golpe de real” se abate sobre o sujeito, uma vez que reifica o desamparo fundamental do
humano ao desvelar a falha do Outro, trata-se de apontar a importância do fazer do
psicanalista, pois é ao escutar os jovens que se abre a possibilidade deles próprios se
responsabilizarem pelo seu destino. Essa discussão insere-se no âmbito da ética da psicanálise
por apontar a falácia de querer-o-bem-do-sujeito, já que este, constituído a partir do real,
resiste a qualquer tentativa de pastoral apregoada pela moral. Relata-se um caso clínico,
articulando uma experiência de trabalho num abrigo municipal com a teoria e clínica
psicanalítica sobre adolescência.
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