A SUBVERSÃO PROUSTIANA DA MEMÓRIA: UMA LEITURA ENTRE A INSPIRAÇÃO DA TEORIA DE BERGSON E AS FORMULAÇÕES FREUDIANAS
DOI:
https://doi.org/10.9789/1679-9887.2020.v18i1.151-168Resumo
Este artigo se propõe a discutir a concepção de memória e lembrança em Proust, comparando-a com a teoria de Bergson e com as formulações de Freud. Partindo da leitura e análise do livro No Caminho de Swann, sustenta-se a ideia de que Proust, apesar de ter se inspirado em Bergson, desenvolveu outra formulação de memória e lembrança. Graças à sua experiência estética literária, Proust descobre e evidencia a memória involuntária ou inconsciente que não depende do esforço consciente, subvertendo o sentido original da teoria bergsoniana que concebe o prolongamento do passado no presente como algo da consciência. Procurou-se apresentar que esta subversão da memória aproxima nocionalmente Proust das formulações freudianas, nas quais o inconsciente está no cerne.
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