O que a psicanálise nos ensina a partir da perversão: considerações sobre ética, moral e discurso capitalista.
DOI:
https://doi.org/10.9789/pb.v20i2.270-289Palavras-chave:
psicanálise, perversão, ética, cultura, capitalismoResumo
Esse trabalho propõe-se a investigar, interrogar e evidenciar o papel da psicanálise, apoiada em sua ética, no que diz respeito as intervenções que chamaremos de perversas no campo social. Através de considerações sobre a perversão-polimorfa e a perversão estrutural, distancia-se de conteúdos que tratam a perversão como moralmente inaceitável, uma vez que ela é intrínseca à sexualidade. Partindo de estudos sobre a moral e a ética de um modo geral e os da psicanálise de modo especial, elucidados pela relação com a perversão, aborda-se as semelhanças entre a perversão e o discurso capitalista. Essa questão nos implica uma vez que constatamos na cultura e na clínica práticas que se sobrepõem à ética e cerceiam a atuação psicanalítica. Toma-se o exemplo da tentativa de impedimento de psicanalistas acompanharem autistas na França. A ética se aproxima da perversão uma vez que ambas se distanciam de uma moral universal, no entanto, a busca incessante por gozo une o perverso ao capitalista e o afasta da ética. Basear-nos-emos, sobretudo, em Freud e em Lacan, e em autores do campo da filosofia e das ciências sociais. Considera-se o discurso psicanalítico uma ferramenta crítica poderosa a desnudar, e até mesmo neutralizar, os estragos subjetivos do discurso capitalista.
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