Do Significante Fálico como a Chave do Enigma em "A Origem [Simbólica] do Mundo" de Courbet

Autores

  • Mariana Rodrigues Festucci Ferreira

DOI:

https://doi.org/10.9789/1679-9887.2013.v11i1.%25p

Resumo

Por que a imagem da vagina provoca estranhamento? É o desafio que a pintura de Gustav Courbet instiga ao longo da sua trajetória acidentada; o quadro chegou a ser velado mesmo por Jacques Lacan, seu último dono, que o descortinava apenas a visitantes seletos. Uma leitura psicanalítica situa o estranhamento para além de convenções morais e/ou contexto histórico; a chave para o enigma do quadro é o significante fálico; o estranhamento causado no espectador, mais do que advir da confrontação com a representação da castração (aquilo que lançou o ser vivente na dimensão simbólica) é o de quem se depara com o que escapa a ela, o Real irrepresentável. O contato com o Real causa angústia, no entanto, abre a possibilidade do sujeito, a partir do confronto com o vazio que resiste em sua constituição – vazio inapreensível – contorná-lo através da sublimação, elevando o objeto à dignidade da Coisa.

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Publicado

2019-03-31

Como Citar

FESTUCCI FERREIRA, M. R. Do Significante Fálico como a Chave do Enigma em "A Origem [Simbólica] do Mundo" de Courbet. Psicanálise & Barroco em Revista, [S. l.], v. 11, n. 1, 2019. DOI: 10.9789/1679-9887.2013.v11i1.%p. Disponível em: https://seer.unirio.br/psicanalise-barroco/article/view/8677. Acesso em: 6 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos