O DISCURSO SOBRE O AMOR NO BANQUETE, DE PLATÃO, E A PRESENÇA DE DIOTIMA DE MANTINEIA: MULHER/SACERDOTISA/HETAIRA
DOI:
https://doi.org/10.9789/1679-9887.2019.v17i1.106-125Resumo
O presente artigo versa sobre o discurso de Diotima de Mantineia no Banquete, de Platão (2016). Foi utilizada a fala da sacerdotisa e hetaira (prostituta) através da alocução de Sócrates para tratar sobre o Amor como entidade demiúrgica. Na dialética platônica observamos que o Eros é um intermediário entre os homens e os deuses: filho nascido de uma mãe pobre e de um pai com recursos. A questão hipotética levantada através do texto/tecido do aristocrata Platão foi a entrada, mesmo que em instância discursiva, de uma mulher, em recinto masculino, para fazer encômio ao Amor no diálogo platônico. É de nota que Diotima de Mantineia era uma sacerdotisa e hetaira (cortesã), e que, por esse motivo, sua presença era tolerada entre os convivas do Banquete, mesmo que, repetindo: em domínio eminentemente da discursividade. Concluímos que a presença de Diotima de Mantineia trouxe ao enredo filosófico do Banquete a oportunidade de reafirmar a metafisica platônica das Formas (mundo das Ideias) e da experiência (mundo sensível) que afetam a formação do ser filósofo, este, por sua vez, devedor da Episteme nascida da Doxa para ser um amante autêntico da sabedoria.
PALAVRAS-CHAVE: Banquete; Diotima de Mantineia; Hetaira; Eros.
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