Estratégias de coping de trabalhadores de enfermagem frente à morte em unidade de terapia intensiva neonatal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9789/2525-3050.2021.v6n12.e10938

Palavras-chave:

Mortalidade neonatal, Enfermagem, Estresse ocupacional, Adaptação psicológica, Saúde do trabalhador.

Resumo

O estudo objetivou analisar as estratégias de coping utilizadas por trabalhadores de enfermagem frente à morte de recém-nato em unidade de terapia neonatal. Estudo com delineamento transversal realizado em uma unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital universitário situado no município do Rio de Janeiro. Participaram do estudo 44 trabalhadores de enfermagem que responderam ao Inventário de Estratégias de Coping e um instrumento de caracterização da amostra em 2018. Realizada análise estatística descritiva. Projeto aprovado por comitê de ética em pesquisa. Os resultados evidenciaram que as estratégias mais utilizadas pelos participantes frente à morte do recém-nato foram: autocontrole, reavaliação positiva, resolução de problemas, suporte social e afastamento. Conclusão: as estratégias de coping adotadas são relevantes para minimização do estresse psicossocial frente à morte de recém-natos, e podem contribuir com troca de experiência e coesão grupal, frente a um estressor comum ao grupo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elias Barbosa de Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Doutor em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor do Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgico na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde atua no Programa de Pós-Graduação (Mestrado/Doutorado) da Faculdade de Enfermagem. CV: http://lattes.cnpq.br/5986226619666390.

 

 

Bruna dos Reis Martins, Hospital Maternidade Maria Amélia de Holanda (RJ).

Mestra em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Enfermeira Neonatologista do Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda. CV: http://lattes.cnpq.br/4783178916418814.

 

Sandra Teixeira de Araujo Pacheco, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora do Departamento de Enfermagem Materno Infantil da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. CV: http://lattes.cnpq.br/7585694881009907.

Jane Márcia Progianti, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Ciências da Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora Titular do Departamento de Enfermagem Materno Infantil da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. CV: http://lattes.cnpq.br/4859733823910398.

Rosangela da Silva Santos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora do Departamento de Enfermagem Materno Infantil da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. CV: http://lattes.cnpq.br/3464230746894433.

Ana Rita Alves Ferreira, Instituto Nacional do Câncer

Mestra em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professora da Escola Técnica de Saúde Herbert Daniel de Souza e Enfermeira do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. CV: http://lattes.cnpq.br/3703397383435255.

Referências

Almeida, F. de A., Moraes, M. S. de & Cunha, M. L. da R. (2016). Cuidando do neonato que está morrendo e sua família: vivências do enfermeiro de terapia intensiva neonatal. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 50, 122-129. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0080-623420160000300018. Acesso em: 27 jan. 2021. PMid:27384286

Antoniolli, L. et al. (2018). Estratégias de coping da equipe de enfermagem atuante em centro de tratamento ao queimado. Revista Gaúcha de Enfermagem, 39, e2016-0073. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2018.2016-0073. Acesso em: 16 fev. 2021. PMid:29846476

Ariès, P. (2017). História da morte no ocidente: da idade média aos nossos tempos. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira.

Baliza, M. F. et al. (2015). Fatores que influenciam os enfermeiros de Unidades de Terapia Intensiva nas decisões de final de vida. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 49 (4), 572-579. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342015000400572&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 02 mar. 2021.

Camponogara, S. et al. (2020, janeiro a junho). A morte da criança hospitalizada estratégias defensivas e de enfrentamento da equipe de enfermagem. Revista M – Estudos sobre a morte, os mortos e o morrer, 5 (9), 161-172. Disponível em: https://doi.org/10.9789/2525-3050.2020.v5i9.161-172. Acesso em: 12 jan. 2021.

Dejours, C., Abdoucheli, E. & Jayet, C. (2014). Psicodinâmica do trabalho: contribuições da escola dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo: Atlas.

Fabri, J. M. G. et al. (2018). Estresse ocupacional em enfermeiros da pediatria: manifestações físicas e psicológicas. Revista baiana de enfermagem, 32, e25070. Disponível em: https://doi.org/10.18471/rbe.v32.25070. Acesso em: 15 jan. 2021.

Figueira, A. B. et al. (2016, setembro). Estratégias de resistência dos profissionais de Enfermagem diante de situações de morte de recém-nascidos. Revista de Enfermagem UFPE, 10 (4), 3517-23. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/11125. Acesso em: 13 jan. 2021.

Fleury, L. F. de O. et al. (2018). Religiosidade, estratégias de coping e satisfação com a vida: Verificação de um modelo de influência em estudantes universitários. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, 20, 51-57. Disponível em: http://dx.doi.org/10.19131/rpesm.0226. Acesso em: 18 fev. 2021.

Forster, E. & Hafiz, A. (2015). Paediatric death and dying: exploring coping strategies of health professionals and perceptions of support provision. International journal of palliative nursing, 21 (6), 294-301. Disponível em: https://doi.org/10.12968/ijpn.2015.21.6.294. Acesso em: 14 jan. 2021. PMid:26126678.

Gomes, R. K. & Oliveira, V. B. de. (2013, junho). Depressão, ansiedade e suporte social em profissionais de enfermagem. Boletim de psicologia, 63 (138), 23-33. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-59432013000100004&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 17 jan. 2021.

Gottardo, L. F. da. & Ferreira, M. C. (2015). Suporte social, avaliações autorreferentes e bem-estar de profissionais de saúde. Arquivos brasileiros de psicologia, 67 (1), 146-160. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672015000100011&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 22 fev. 2021.

Lakatos, E. M. & Marconi, M. de A. (2016). Metodologia cientifica [7ª ed., 3ª reimp]. São Paulo: Atlas.

Lazarus, R. & Folkman, S. (1984). Stress, appraisal, and coping. [S. l.]: Springer publishing company.

Longuiniere, A. C. F. de L., Yarid, S. D. & Silva, E. C. S. (2017, junho). Influência da religiosidade/espiritualidade do profissional de saúde no cuidado ao paciente crítico. Revista de enfermagem UFPE, 11 (6), 2510-2517. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaEnfermagem/article/viewFile/23418/19096. Acesso em: 18 jan. 2021.

Machado, M. H. et al. (2016) Mercado de trabalho da enfermagem: aspectos gerais. Enfermagem em Foco, 7, 35-62. Disponível em: https://doi.org/10.21675/2357-707X.2016.v7.nESP.691. Acesso em: 16 fev. 2021.

Maturana, A. P. P. M. & Valle, T. G. M. do. (2014, dezembro). Estratégias de enfrentamento e situações estressoras de profissionais no ambiente hospitalar. Psicologia Hospitalar, 12 (2), 02-23. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-74092014000200002&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 25 fev. 2021.

Melo, L. P. de et al. (2016, dezembro). Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional. Arquivos brasileiros de psicologia, 68 (3), 125-144. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672016000300010&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 03 mar. 2021.

Menin, G. E. & Pettenon, M. K. (2015, dezembro). Terminalidade da vida infantil: percepções e sentimentos de enfermeiros. Revista Bioética, 23 (3), 608-614. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1983-80422015233097. Acesso em: 21 fev. 2021.

Moraes, F. de et al. (2016). Estratégias de coping utilizadas por trabalhadores de Enfermagem em terapia intensiva neonatal. Revista Mineira de Enfermagem, 20, e966. Disponível em: http://reme.org.br/artigo/detalhes/1102. Acesso em: 14 jan. 2021.

Neto, J. A. de S. & Rodrigues, B. M. D. (2015). A ação intencional da equipe de Enfermagem ao cuidar do RN na UTI neonatal. Ciência, Cuidado & Saúde. 14 (3), 1237-1244. Disponível em: https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v14i3.22320. Acesso em: 10 fev. 2021.

Nunes, M. C. A. et al. (2013). Aspectos psicológicos que permeiam a vivência profissional de saúde de UTIN. Revista Extensão em Ação, 3 (1), 44-58. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/13279/1/2013_art_mcanunes.pdf. Acesso em: 17 jan. 2021.

Poli, J. S. et al. (2013). Enfermagem: a morte e o morrer em unidade de terapia intensiva pediátrica e neonatal. Revista de Enfermagem UFPE, 7 (10), 5929-5937. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/12219/14812. Acesso em: 25 fev. 2021.

Rocha, D. D. da et al. (2017, dezembro). Sentimentos vivenciados pelos profissionais de Enfermagem diante de morte em unidade de terapia intensiva neonatal. Mental, 11 (21), 546-560. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-44272017000200015&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 02 mar. 2021.

Salimena AM., Ferreira GC, Melo MC. (2015). Feelings of surgical nursing staff in face of death. Arq Ciênc Saúde. 22(1):75-78. Disponível em: https://doi.org/10.17696/2318-3691.22.1.2015.33

Savóia, M. G., Santana, P. R. & Mejias, N. P. (1996). Adaptação do inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus para o português. Psicologia USP, 7 (1-2), 183-201. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-51771996000100009&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 02 jan. 2021.

Silva, I. N. et al. (2017). Conhecendo as práticas de cuidado da equipe de enfermagem em relação ao cuidado na situação de final de vida de recém-nascidos. Escola Anna Nery, 21 (4), e20160369. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452017000400231&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 14 fev. 2020.

Subutzki, L. S. et al. (2018). Morte de neonatos: percepção da equipe multiprofissional à luz da complexidade. Avances en Enfermería, 36 (1), 69-78. Disponível em: https://doi.org/10.15446/av.enferm.v36n1.65229. Acesso em: 25 fev. 2021.

Downloads

Publicado

2021-12-29

Como Citar

Oliveira, E. B. de, Martins, B. dos R., Pacheco, S. T. de A., Progianti, J. M., Santos, R. da S., & Ferreira, A. R. A. (2021). Estratégias de coping de trabalhadores de enfermagem frente à morte em unidade de terapia intensiva neonatal. Revista M. Estudos Sobre a Morte, Os Mortos E O Morrer, 6(12), 442–454. https://doi.org/10.9789/2525-3050.2021.v6n12.e10938