Transcomunicação instrumental enquanto experiência religiosa auxiliar no luto

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9789/2525-3050.2026.v10n19.e13042

Palavras-chave:

Perda parental, Transcomunicação instrumental, Luto, Espiritismo, Tecnologia

Resumo

Este trabalho cogita, por meio de revisão narrativa da literatura, se o possível meio eletroeletrônico de interação entre vivos e mortos, a Transcomunicação Instrumental, alicerçada pela Doutrina Espírita, auxilia na (re)construção da interpretação do luto por perdas parental, minorando os danos emocionais. No Brasil, atualmente, embora haja um arcabouço histórico mundial, essa prática, ainda que velada, visa obter informações do além-túmulo, no intuito da busca de respostas para as clássicas perguntas da humanidade que dizem respeito a para onde vamos e como estamos após a morte. Entende-se que, quando o receptor enlutado reconhece o emissor falecido no registro da manifestação, abraçando a intervenção como verdade, transcende a razão e a emoção, antes em desalinho, caracterizando uma possível forma de experiência religiosa.

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Biografia do Autor

Márden Hott, Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte/MG, Brasil

Doutora em Ciências da Educação e Saúde Pública pela Emill Brunner World University (EBWU), Estados Unidos. Mestre em Saúde Coletiva e Comunicação Humana pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pesquisadora colaboradora do Núcleo de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, ligado à Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). CV: http://lattes.cnpq.br/2111734725552382

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Publicado

2024-12-24

Como Citar

Hott, M. (2024). Transcomunicação instrumental enquanto experiência religiosa auxiliar no luto. Revista M. Estudos Sobre a Morte, Os Mortos E O Morrer, 10(19). https://doi.org/10.9789/2525-3050.2026.v10n19.e13042