A morte é “pop ”: análise de perfis sobre fim de vida e cuidados paliativos no Instagram
DOI:
https://doi.org/10.9789/2525-3050.2023.v8n16.e11469Keywords:
Morte, Cuidados Paliativos, Redes Sociais Online, Cultura, Pesquisa QualitativaAbstract
This article aim to analyze the profiles about the end of life and palliative care on Instagram. For this, a qualitative research was undertaken, linked to the Cultural Studies. Through the notion of discourse proposed by Michel Foucault, publications from 207 public profiles were analyzed. It was identified that they were administered mostly by women who share experiences in relation to illness, finitude and grief. It was also verified representativeness of profiles linked to social and university or professionals projects, notably linked to the psi knowledge. It was verified that the circulating discourses in the profiles corroborate the constitution of a norm about what is considered a good death and an adequate mourning. Palliative Care emerges as a discipline that determines the narrated or guided practices and as a safety device, since they allow the configuration of a new management of dying, facilitated by social media, that make viable the attempt to make death a popular topic nowadays.
Downloads
References
Aciole, G. G. & Bergamo, D. C. (2019, setembro). Cuidado à família enlutada: uma ação pública necessária. Saúde em Debate, 43, 805-818. https://www.researchgate.net/publication/337410575_Cuidado_a_familia_enlutada_uma_acao_publica_necessaria.
Alonso, J. P. (2013, setembro). Cuidados paliativos: entre la humanización y la medicalización del final de la vida. Ciência & Saúde Coletiva, 18 (9), 2541-2548. https://doi.org/10.1590/S1413-81232013000900008.
Ariès, P. (2017). História da morte no Ocidente: da Idade Média aos nossos tempos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Barbosa, L. N. F., Francisco A. L. & Efken K.H. (2008, dezembro). Morte e vida: a dialética humana. Aletheia, 28, 32-44. https://www.researchgate.net/publication/317465736_Morte_e_vida_a_dialetica_humana.
Barton, D. & Lee, C. (2013). Language online: investigating digital texts and practices. Londres: Routledge.
Bauman, Z. (2011). 44 cartas do mundo líquido moderno. Rio de Janeiro: Zahar.
Bousso, R. S., Ramos, D & Frizzo, H. C. F. (2014, maio a agosto). Facebook: um novo locus para a manifestação de uma perda significativa. Psicologia USP, 25 (2), 172-179. https://doi.org/10.1590/0103-656420130022.
Cardoso, É. A. de O. et al. (2020). Efeitos da supressão de rituais fúnebres durante a pandemia de COVID-19 em familiares enlutados. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 28 (e3361), 1-9. https://doi.org/10.1590/1518-8345.4519.3361.
Castra, M. (2014). Sociologie du mourir hier, aujourd’hui et demain. In D. Jacquemin & D. Broucker. Manuel de soins palliatifs (pp. 67-72). Paris: Dunod.
Cervelin, A. F. & Kruse, M. H. L. (2015, abril). Espiritualidade e religiosidade nos cuidados paliativos: produzindo uma boa morte. Revista de Enfermagem UFPE Online, 9 (3), 7615-7624. https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/10501.
Collière, M. F. (2009). Promover la vida. Cidade do México: McGraw Hill.
Conrad, P., Bandini, J. & Vasquez, A. (2016, Janeiro). Illness and the Internet: From Private to Public Experience. Health, 20 (1), 22-32. https://doi.org/10.1177/1363459315611941.
Cordeiro, F. R. & Kruse, M. H. L. (2015, outubro a dezembro). A produção do currículo do final da vida por meio do dispositivo pedagógico da mídia. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 19 (55), 1193-1205. https://doi.org/10.1590/1807-57622014.0199.
Cordeiro, F. R. (2013). Eu decido meu fim?: a mídia e a produção de sujeitos que governam sua morte. [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul].
Cordeiro, F. R. (2017). O retorno ao domicílio em cuidado paliativos: interface dos cenários brasileiro e francês. [Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul].
Costa, M. V., Silveira, R. H. & Sommer, L. H. (2003, maio a agosto). Estudos culturais, educação e pedagogia. Revista Brasileira de Educação, 23, 36-61. https://doi.org/10.1590/S1413-24782003000200004.
Escosteguy, A. C. (2000). Estudos Culturais: uma introdução In A. C. Escosteguy, N. Schulman, R. Johnson. O que é, afinal, Estudos Culturais? (pp. 2-11). Belo Horizonte: Autêntica.
Escosteguy, A. C. (2011). Uma releitura de um clássico dos Estudos Culturais: As utilizações da Cultura ([1957]1970). In I. M. M. Gomes e J. Janotti-Júnior. Comunicação e Estudos Culturais (pp. 13-28). Salvador: EDUFBA.
Ferrel, B. et al. (2016). Integration of Palliative Care into Standard Oncology Care: American Society of Clinical Oncology Clinical Practice Guideline Update. Journal of Clinical Oncology, 35 (1), 96-112. https://ascopubs.org/doi/pdf/10.1200/JCO.2016.70.1474.
Fischer, R. M. B. (2013). Foucault. In L. A. Oliveira (org.). Estudos do discurso: perspectivas teóricas (pp. 123-152). São Paulo: Parábola editorial.
Foucault, M. (2003). A vida dos homens infames. In M. Foucault (ed.). Ditos e Escritos IV: Estratégia, poder-saber (pp. 203-222). Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Foucault, M. (2008). Segurança, Território e População: Curso no Collège de France: 1977-1978. São Paulo: Martins Fontes.
Foucault, M. (2014). A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. São Paulo: Edições Loyola.
Foucault, M. (2017). A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Goulart, E. E. & Passos Pröglhöf Jr., F. E. (2013). Lápides virtuais: análise das narrativas sobre a morte na rede social Orkut. DataGramaZero - Revista de Informação, 14 (3), p. A05. http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/7824.
Hall, S. (1997). A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. Educação & Realidade, 22 (2), 15-46. https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/71361.
Hui, D. et al. (2012, novembro). The lack of standard definitions in the supportive and palliative oncology literature. Journal of pain and symptom management, 43 (3), 582-592. https://doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2011.04.016.
Hui, D. et al. (2014, janeiro). Concepts and Definitions for “Actively Dying,” “End of Life”, “Terminally Ill”, “Terminal Care”, and “Transition of Care”: A Systematic Review. Journal of pain and symptom management, 47 (1), 77-89. https://doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2013.02.021.
International Association for Hospice and Palliative Care. (2018). Palliative Care Definition. Houston: IAHPC. https://hospicecare.com/what-we-do/projects/consensus-based-definition-of-palliative-care/definition/.
Kellehear, A. (2016). Uma história social do morrer. São Paulo: Editora Unesp.
Kruse, M. H. L. et al. (2018). Estudos culturais: possibilidades para pensar de outro modo a pesquisa em enfermagem. Revista Gaúcha de Enfermagem, 39, e20170135. https://seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/79579.
Lamau, M. L. (2014). Origine et inspiration. In D. Jacquemin & D. Broucker. Manuel de soins palliatifs (pp. 26-41). Paris: Dunod.
Lopes, J. da F. & Beck, D. Q. (2020, agosto). Narrativas de si na visibilidade das telas hiperconectadas: reflexões sobre ‘selfies’, Instagram e pedagogias culturais. Reflexão e Ação, 28 (3), 151-165. https://doi.org/10.17058/rea.v28i3.14438.
Luper, S. (2010). A filosofia da morte. São Paulo: Madras.
Luz, A. F. da. (2015). O instagramer e seu discurso multissemiótico na rede social Instagram. [Dissertação de Mestrado, Universidade Católica de Pernambuco].
Machado, R. de M. (2017). Luto na contemporaneidade: discursos, prescrições e expertises. [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro].
Machado, R. de M. (2019, fevereiro). Mídia e morte na contemporaneidade: construindo cemitérios em redes sociais. Revista M. Estudos sobre a morte, os mortos e o morrer, 1 (1), 231-239. https://doi.org/10.9789/2525-3050.2016.v1i1.231-239.
Menezes, R. A. & Barbosa, P. de C. (2013, setembro). A construção da "boa morte" em diferentes etapas da vida: reflexões em torno do ideário paliativista para adultos e crianças. Ciência & Saúde Coletiva, 18 (9), 2653-2662. https://doi.org/10.1590/S1413-81232013000900020.
Menezes, R. A. & Gomes, E. de C. (2011). “Seu funeral, sua escolha”: rituais fúnebres na contemporaneidade. Revista de Antropologia, 54 (1), 89-132. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2011.38585.
Menezes, R. A. & Heilborn, M. L. (2007, dezembro). A inflexão de gênero na construção de uma nova especialidade médica. Revista Estudos Feministas, 15 (3), 563-580. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2007000300004.
Meyer, E. P. (2016). Death in the age of eternity: How Facebook users cope with personal loss. [Master of Science, Iowa State University]. https://dr.lib.iastate.edu/server/api/core/bitstreams/2ab8a5a8-de16-4341-af10-a4195fb71076/content.
National Quality Forum. (2006). A National framework and preferred practices for Palliative and Hospice Care quality: a consensus report. Washington: National Quality Forum. https://www.qualityforum.org/Publications/2006/12/A_National_Framework_and_Preferred_Practices_for_Palliative_and_Hospice_Care_Quality.aspx.
Peters, M. (2000). Pós-estruturalismo e Filosofia da diferença: uma introdução. Belo Horizonte: Autêntica.
Radbruch, L. et al. (2020, outubro). Redefining Palliative Care: a new consensus-based definition. Journal of Pain and Symptom Management, 60 (4), 754-763. https://doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2020.04.027.
Rezende, C. B., Aureliano W. de A. & Menezes, R. A (2021). A vida compartilhada: parto, doença e morte na internet. Mana, 27 (3), e273205. https://doi.org/10.1590/1678-49442021v27n3a205.
Ribeiro, R. R. (2015). A morte midiatizada: como as redes sociais atualizam a experiência do fim da vida. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense.
Ribeiro, R. R. (2016, julho a dezembro). Redes de memória e de comemoração: reflexões sobre o “contato herdeiro” do Facebook. Revista M. Estudos sobre a morte, os mortos e o morrer, 1 (2), 356-375. https://doi.org/10.9789/2525-3050.2016.v1i2.356-375.
Rodrigues, J. C. (2006). Tabu da morte. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.
Roso, C. C. & Kruse, M. H. L. (2017, abril). A vida no Facebook: o cuidado de si de transplantados renais. Revista Gaúcha de Enfermagem, 38 (2), 1-8. https://seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/67430.
Sangalli, H. L. J. & Martinuzzo, J. A. (2017, fevereiro). A morte em tempos de rede social digital: Facebook e o fim da vida pela ótica dos usuários. Contemporânea Revista de Comunicação e Cultura, 15 (3), 727-747. https://periodicos.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/article/view/22518.
Sengik, A. S. & Ramos, F. B. (2015, dezembro). Literatura como instrumento de discussão acerca da morte. Psicologia da Educação, 41, 119-126. https://doi.org/10.5935/2175-3520.20150019.
Sibila, P. (2015, setembro). Autenticidade e performance: a construção de si como personagem visível. Revista Fronteiras - estudos midiáticos, 13 (3), 353-364. https://doi.org/10.4013/fem.2015.173.09.
Silva, K. S. da & Kruse, M. H. L. (2013, junho). Em defesa da sociedade: a invenção dos cuidados paliativos e os dispositivos de segurança. Texto & Contexto - Enfermagem, 22 (2), 517-525. https://doi.org/10.1590/S0104-07072013000200030.
Silva, N. K., Blumentritt J. B. & Cordeiro F. R. (2021, junho). Tecnologias Educacionais sobre Cuidados Paliativos no Instagram e no Youtube. Research, Society and Development, 10 (7), e22310716534, 1-13. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16534.
Souza, C. P. de & Souza, A. M. de. (2019, outubro) Rituais Fúnebres no Processo do Luto: Significados e Funções. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 35, e35412, 1-7. https://doi.org/10.1590/0102.3772e35412.
Souza, T. dos S. et al. (2020, maio). Mídias sociais e educação em saúde: o combate às Fake News na pandemia da COVID-19. Enfermagem em Foco, 11 (1), 124-130. https://doi.org/10.21675/2357-707X.2020.v11.n1.ESP.3579.
Thomas, L. V. (2010). Mort et pouvoir. Paris: Éditions Payot.
Toniol, R. (2017). Atas do espírito: a Organização Mundial da Saúde e suas formas de instituir a espiritualidade. Anuário Antropológico, 42 (2), 267-299. https://journals.openedition.org/aa/2330.
Van Gennep, A. (2013). Os ritos de passagem. Petrópolis: Vozes.
World Health Organization. (2018). Integrating palliative care and symptom relief into primary health care: a WHO guide for planners, implementers and managers. Geneva: World Health Organization.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Licença Creative Commons CC BY 4.0