Apresentação do Dossiê nº 14: Iconografia e cultura material da morte no Mundo Antigo

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.9789/2525-3050.2022.v7i14.245-253

Mots-clés :

Iconografia, cultura material da morte, Iconografia da morte, Mundo antigo

Résumé

O dossiê Iconografia e cultura material da morte no Mundo Antigo é composto por doze artigos que versam sobre diferentes abordagens teórico-metodológicas das culturas visual e material da morte nos mundos egípcio, persa, grego, romano, céltico e viking. Trata-se de um dossiê multilíngue, com contribuições em inglês e francês, além do idioma nacional, para o qual contribuem quatorze autores, entre os quais, somando-se aos pesquisadores brasileiros, aqueles ligados nomeadamente a instituições britânicas, gregas e francesas. O leitor perceberá como os estudos sobre a morte e os mortos na Antiguidade é beneficiado a partir de um tratamento multi e interdisciplinar, em que avançamos sobre a compreensão do morrer entre as diferentes culturas do Mundo antigo. O estudo das evidências materiais e visuais ocupa lugar de destaque neste cenário de investigação. Ao mesmo tempo, as análises aqui desenvolvidas revelam como os monumentos funerários são fonte indispensável para o aprofundamento de conhecimentos e desenvolvimento de reflexões sobre temas os mais variados, para além dos estudos mortuários, como música e gênero, política e memória, identidade cultural e relação com o mundo animal, entre outros, por vezes tornando-se fonte exclusiva para tirar do anonimato as trajetórias representativas da diversidade do viver na Antiguidade.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur

Fábio Cerqueira, Universidade Federal de Pelotas – Pelotas, Brasil

Doutor em Antropologia, concentração em Arqueologia Clássica, pela Universidade de São Paulo (USP). Atua como Professor Titular do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Pesquisador CNPq PQ 1d em Arqueologia histórica. Coordena o Laboratório de Estudos da Cerâmica Antiga–LECA/UFPel. CV: http://lattes.cnpq.br/5901727444406445

Camila Diogo de Souza, Universidade Federal Fluminense – Niterói, Brasil

Doutora em Arqueologia do Mediterrâneo Antigo pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP). Atualmente, é Professora Visitante junto ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense (UFF). É líder do TAPHOS (Grupo de Pesquisa em Práticas Mortuárias no Mediterrâneo Antigo-MAE/USP) e do NEPAAF (Núcleo de Ensino e Pesquisa em Arqueologia e Antropologia Forense–UNIFESP). CV: http://lattes.cnpq.br/8163266362560871

Références

Baldassare, I. (1988). Tomba e stelle nelle lekythos a fondo bianco. Annali dell'Istituto Universitario Orientali di Napoli, 10, 107-115.

Barad, K. (2007). Meeting the Universe Halfway: Quantum Physics and the Entanglement of Matter and Meaning. Durham, NC: Duke University Press. https://doi.org/10.2307/j.ctv12101zq.

Barnard, M. (2001). Approaches to understanding visual culture. New York: Palgrave. https://doi.org/10.1007/978-1-137-11046-6.

Bell, C. (1991). Ritual Theory, Ritual Practice. Oxford: Oxford University Press.

Bell, C. (2009). Ritual Perspectives and Dimensions. Oxford: Oxford University Press.

Bruneau, Ph. (1986). De l’image. RAMAGE - Revue d’Archéologie Moderne et d’Archéologie Générale, 4, 249-295.

Canepa, M. P. (2010). Technologies of Memory in Early Sasanian Iran: Achaemenid Sites and Sasanian Identity. American Journal of Archaeology, 114 (4), 563–596. https://doi.org/10.3764/aja.114.4.563.

Dolphijn, R. & Van Der Tuin, I. (eds.). (2012). New Materialism: Interviews and Cartographies. Ann Arbor, MI: Open Humanities Press. https://doi.org/10.3998/ohp.11515701.0001.001.

Emmison, M. & Smith, Ph. (2000). Researching the visual. Images, objects, contexts and interactions in social and cultural inquiry. London: Sage.

Gnoli, G. & Vernant, J.-P. (éd.). (1982). La mort, les morts dans les sociétés anciennes. Paris: Éditions de la Maison des Sciences de l’Homme.

Hamilakis, Y. (2013). Archaeology and the Senses: Human Experience, Memory, and Affect. Cambridge: Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/CBO9781139024655.

Hamilakis, Y. (2015). Arqueología y sensorialidad. Hacia una ontología de afectos y flujos. Vestígios - Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica, 9 (1), 31–53. https://doi.org/10.31239/vtg.v9i1.10579.

Harding, A. (2016). Introduction. Biography of things. Distant Worlds Journal, 1, 5-10. https://journals.ub.uni-heidelberg.de/index.php/dwj/issue/view/2920.

Heywood, I. & Sandywell, B. (eds.). (1999). Interpreting visual culture. Explorations in the hermeneutics of the visual. London: Routledge.

Hodder, I. (1991). The Meaning of Things: Material Culture and Symbolic Expression. London: Harper Collins Academic.

Hodder, I. (2012). Entangled: An Archaeology of the Relationships between Humans and Things. Malden: Wiley-Blackwell. https://doi.org/10.1002/9781118241912.

Hunt, A. M. W. (ed.). (2016). The Oxford Handbook of Archaeological Ceramic Analysis. Oxford: Oxford University Press. https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199681532.001.0001.

Jameson, F. (1998). Transformations of the image in post-modernity. In F. Jameson (ed.). The cultural turn. Selected writings on the postmodern, 1983-1998 (pp. 93-195). London: Verso.

Jay, M. (1996). Vision in context: reflections and refractions. In T. Brennan & M. Jay (eds.). Vision in context. Historical and contemporary perspectives on sight (pp. 1-14). London: Routledge.

Lagia, A. et al. (2014). The State of Approaches to Archaeological Human Remains in Greece. In B. O’Donnabhain & M. C. Lozada (eds.) Archaeological Human Remains. Global Perspectives (pp. 105-126). Heidelberg: Springer. https://doi.org/10.1007/978-3-319-06370-6_8.

Larsen, C. S. (2015). Bioarchaeology. Interpreting behavior from the human skeleton. Cambridge: Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/CBO9781139020398.

Meneses, U. T. B. (2003). Fontes visuais, cultura visual, história visual: balanço provisório, propostas cautelares. Revista Brasileira de História, 23 (45), 11-36. https://doi.org/10.1590/S0102-01882003000100002.

Meneses, U. T. B. (2005). Rumo a uma História Visual. In J. S. Martins, C. Eckert, S. Caiuby Novaes, (orgs.). O imaginário e o poético nas Ciências Sociais. (pp. 33-56). Bauru, SP: EDUSC.

Neiva, E. (1994). Imagem, História e Semiótica. Anais do Museu Paulista. História e Cultura Material, 1, 11-29. https://doi.org/10.1590/S0101-47141993000100002.

Olsen, B. (2010). In Defense of Things: Archaeology and the Ontology of Objects. Plymouth: Altamira Press.

Pellini, J. R. (2015). Arqueologia com Sentidos. Uma Introdução à Arqueologia Sensorial. Revista de Arqueologia Pública, 11, 1-12. https://doi.org/10.20396/rap.v9i4.8643516.

Pellini, J. R. (2016). Rituais: afetos, sentidos e memórias. Uma proposta. Habitus, 14, 141-156. https://doi.org/10.18224/hab.v14.1.2016.141-156.

Silva, S. F. S. M. da. (2014). Arqueologia Funerária: corpo, cultura e sociedade. Ensaios sobre a interdisciplinaridade no estudo das práticas mortuárias. Recife: Editora da UFPE.

Sofaer, J. (2006). The Body as Material Culture: A Theoretical Osteoarchaeology. Cambridge: Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/CBO9780511816666.

Souza, C. D (2015). A Arte Geométrica Grega: entre 900 e 700 a.C.: reflexões sobre a análise de motivos iconográficos no estudo da cultura material. Calíope: Presença Clássica, 29, 61-87. https://doi.org/10.24277/classica.v31i1.619.

Souza, C. D. de & Dias, C. K. B. (2018). The iconography of death: continuity and change in prothesis ritual through iconographical techniques, motifs, and gestures depicted in Greek pottery. CLASSICA. Revista Brasileira de Estudos Clássicos, 31 (1), 61-87.

Souza, C. D. de & Dias, C. K. B. (2022). Arqueologia e Antropologia da agência: fundamentos da agência nos estudos da cultura material. Revista de Arqueologia, 35 (2), 208–226.

Souza, C. D. de. (2010). As Práticas Mortuárias na Região da Argólida entre os séculos XI e VIII a.C. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia MAE/USP, 20, 197-217. https://doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.2010.89922.

Souza, C. D. de. (2018, julho a dezembro). A morte lhe cai bem. Reconsiderando o significado do mobiliário funerário na construção do prestígio social. Revista M., 3 (6), 263-187. https://doi.org/10.9789/2525-3050.2018.v3i6.263-287.

Souza, C. D. de. (2019). Aspectos da construção do espaço funerário no mundo Grego do Período Geométrico (entre 900 e 700 a.C.). In M. B. B. Florenzano (org.). Khoríon - . Cidade e Território na Grécia Antiga (pp. 261-306). São Paulo: FAPESP.

Stockhammer, Ph. W. (ed.). (2012). Conceptualizing Cultural Hybridization. A Transdisciplinary Approach. Transcultural research. Heidelberg: Springer. https://doi.org/10.1007/978-3-642-21846-0.

Tacla, A. (2008). Resenha: Arqueologia funerária francesa? Novas perspectivas. Brathair, 8 (1), 111-116. https://ppg.revistas.uema.br/index.php/brathair/article/view/517/440.

Vergara Cerqueira, F. (2011). O lugar da música nas crenças e nos rituais funerários da Grécia antiga. In O. D. Álvarez Salas (org.). Cultura Clásica y su Tradición. Balance y Perspectivas Actuales (pp. 175-196). Ciudad de México: Universidad Autónoma de México.

Vergara Cerqueira, F. (2011a). A polissemia dos “concertos no gineceu” na iconografia dos vasos áticos do quinto século: amor nupcial ou vida intelectual? In M. C. O. Bruno et al. (orgs.). Arqueologia do Mediterrâneo Antigo. Estudos em Homenagem a Haiganuch Sarian (pp. 63-84). São Paulo: Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo.

Vergara Cerqueira, F. (2012). A morte entre os atenienses: a pólis e a família – conflitos deflagrados. In E. A. Silveira; M. M. Bakos (orgs.). Vida, Cotidiano e Morte: estudos sobre o Oriente Antigo e Idade Média (pp. 139-151). Porto Alegre: Letra e Vida.

Vergara Cerqueira, F. (2014). Abordagens mitológicas na iconografia funerária da cerâmica ática (510 - 450 a.C.): repensando a periodização. CLASSICA. Revista Brasileira de Estudos Clássicos, 27 (1), 83-128. https://doi.org/10.24277/classica.v27i1.336.

Vergara Cerqueira, F. (2014a). A temática musical na iconografia dos lekythoi de fundo branco. Simbolismos funerários da lyra, do barbitos e da phorminx. In F.

Vergara Cerqueira, A. T. M. Gonçalves, E. B. Medeiros; J. L. Brandão (orgs.). Saberes e Poderes no Mundo Antigo. Estudos Ibero-latino-americanos. Volume I - Dos Saberes (pp. 143-172). Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. https://doi.org/10.14195/978-989-26-0626-2.

Vergara Cerqueira, F. (2019). Uma antropologia histórica da Grécia antiga: Gernet e a reinvenção durkheimiana dos estudos helênicos. Classica - Revista Brasileira De Estudos Clássicos, 32 (2), 69–90. https://doi.org/10.24277/classica.v32i2.748.

Vergara Cerqueira, F. (2020). Música ao Túmulo nos Vasos Italiotas (séc. IV a.C.). In M. M. de Carvalho & L. M. de Omena (orgs.). Narrativas e materialidades sobre a morte nas Antiguidades oriental, clássica e tardia (pp. 99-138). Curitiba: CRV.

Vergara Cerqueira, F. (2022). Musicistas atuando em concursos musicais. In I. Vieira et al. (orgs). Compêndio Histórico de Mulheres da Antiguidade. Volume 1: A presença das mulheres na Literatura e na História. Goiânia: Tempestiva (prelo).

Vergara Cerqueira, F. (2022a). Musicistas no Período Arcaico e Clássico. In I. Vieira; S. Corsi Silva; R. Brunhara (orgs). Compêndio Histórico de Mulheres da Antiguidade. Volume 1: A presença das mulheres na Literatura e na História. Goiânia: Tempestiva (prelo).

Vernant, J-P. (2001). Entre mito e política. São Paulo: Edusp.

Watts, Chr. M. (2007). From purification to mediation: overcoming artifactual ‘otherness’ with and in Actor-Network Theory. Journal of Iberian Archaeology, 9/10, 39-54.

Téléchargements

Publiée

2022-07-30

Comment citer

Cerqueira, F., & Souza, C. D. de. (2022). Apresentação do Dossiê nº 14: Iconografia e cultura material da morte no Mundo Antigo. Revista M. Estudos Sobre a Morte, Os Mortos E O Morrer, 7(14), 245–253. https://doi.org/10.9789/2525-3050.2022.v7i14.245-253